Record e SBT pagam alto preço por ignorar TV paga por quase duas décadas
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Além do erro estratégico cometido durante a negociação, quando agiram de forma beligerante e radical cortando seus sinais HD das maiores operadoras do país na Grande São Paulo, um outro erro muito mais antigo ronda a tríade de canais da joint-venture Simba.
Acontece que nem Record, nem SBT e muito menos RedeTV! dedicaram um só centavo ou um pingo de atenção à TV por assinatura desde sua chegada no Brasil, 25 anos atrás.
A recém “descoberta” por essas emissoras de que até 35% de suas audiências têm origem em residências com TVs por assinatura finalmente parece ter chacoalhado a cabeça dos executivos da Simba que, agora sim, estão se propondo a lançar novos canais nessa plataforma.
Nesse caso, porém, o ditado "antes tarde do que nunca" infelizmente pode nem servir mais, porque terreno perdido não poderá mais ser recuperado.
Esta coluna por várias vezes nos últimos anos questionou Record e SBT sobre eventuais planos para lançar futuros canais pagos. A “resposta” sempre foi um grande silêncio.
Record e SBT têm acervos suficientes, cada uma, para lançar no mínimo mais um canal de atrações antigas na TV por assinatura. Já a RedeTV!, mais jovem, não têm ainda esse cacife, minimizado ainda mais pela pouca produção de conteúdo próprio.
Enquanto SBT e Record se preocupavam apenas com seus sinais abertos, a Globo, por meio da Globosat, se espalhou como vírus e montou um verdadeiro império na TV por assinatura nas últimas duas décadas.
Cabe à Simba agora correr para recuperar ao menos algum terreno depois de anos de absoluta modorra corporativa
@feltrinoficial
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