Após Carolina Ferraz, Globo teme novos processos no elenco artístico
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Após ser acionada na Justiça pela atriz Carolina Ferraz, a Globo já teme uma onda de processos judiciais milionários nas Justiças comum e do Trabalho.
A emissora confirmou o processo da atriz. Esta coluna consultou a casa a respeito da ação na semana passada, mas foi informada que a emissora não comentaria casos “sub judice”.
Carolina, 49 anos, trabalhou na Globo nos últimos 25 anos como pessoa jurídica.
Agora está movendo uma ação estimada em ao menos R$ 5 milhões, na qual exige vínculo empregatício e todos os direitos trabalhistas possíveis.
Em 2014, conforme esta coluna informou à época com exclusividade, a emissora decidiu acabar com a era dos “super salários” e contratos.
Hoje, está acabando com a maioria dos vínculos de longo prazo com atores e atrizes registrados nas últimas décadas como pessoas jurídicas.
O processo de Carolina é um dos motivos que contribuiu para que uma ala da emissora defendesse que o elenco artístico passe a ser registrado via CLT (em carteira do trabalho), conforme esta coluna informou com exclusividade em setembro.
Até cerca de dois anos atrás, com exceção dos chamados "medalhões" e de uma nata do segundo escalão artístico, boa parte dos atores e humoristas da Globo --como o elenco de "Zorra Total", por exemplo-- era registrada em carteira, com todos os direitos trabalhistas envolvidos.
No entanto, há ainda alguns contratos antigos com atores e atrizes PJs vencendo nos próximos meses.
Na estimativa de indenização que Carolina Ferraz pede está incluído cerca de R$ 1 milhão que a emissora teria de fazer em contribuições ao INSS. Esse dinheiro não seria embolsado por ela, portanto. Iria para o governo.
A assessoria da atriz não comenta o caso, que está sob segredo de Justiça.
Desde ontem, o país está sob a égide de uma nova legislação trabalhista. Leia aqui o especial do UOL sobre as mudanças.
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