Globo sugere renegociar contratos de jornalistas e causa tensão e dúvidas
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Alguns repórteres e âncoras do Departamento de Jornalismo da Globo, com grande experiência, tempo de casa, salários mais altos --e, principalmente, com contratos prestes a vencer-- estão sendo consultados pela Globo sobre a possibilidade de mudança no modelo contratual vigente.
Segundo a coluna apurou, a oferta é a seguinte: acabar com contrato de Pessoa Jurídica (modelo da maioria das estrelas da casa) e substituí-lo por contratação via CLT (com registro em carteira).
Ninguém entendeu direito qual a intenção da casa, mas há ao menos uma especulação: o Grupo Globo quer reduzir ao máximo a possibilidade de ações trabalhistas no futuro.
Isso porque muitos PJs acabam entrando na Justiça trabalhista e provando algum tipo de vínculo empregatício com as empresas, que acabam condenadas a indenizá-los a benefícios não pagos (como 13º, adicional de férias, FGTS, folgas, trabalhos em feriados etc).
Registrando seus jornalistas pela CLT (o que a Record já faz em muitos casos) reduzem-se as chances de processos futuros.
Só que a proposta está causando enorme tensão, porque a renegociação do modelo contratual implica definitivamente em redução dos valores pagos para o profissional como PJ.
Exemplo: uma repórter ganha, digamos, R$ 65 mil mensais como PJ. A emissora sugere que, como "celetista", ela aceita reduzir o salário para R$ 35 mil.
O objetivo é claro: ela a partir daí passará a ter todos os direitos trabalhistas assegurados pela casa, o que implica em aumento de custo para emissora (ou qualquer empresa).
Mas, a verdade, é que ninguém sabe realmente ao certo o que está levando a Globo a fazer essa mudança de modelo no Jornalismo.
Outro Lado
Por meio da Central Globo de Comunicação, a emissora enviou no final da tarde desta sexta a seguinte resposta a respeito da matéria acima:
"É absolutamente falsa a informação de que a TV Globo esteja propondo a seus colaboradores a diminuição de remuneração."
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook e site Ooops
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