Ratinho e SBT terão de pagar R$ 400 mil a padres por "fakenews"
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Uma ação iniciada em 1999 teve seu desfecho na semana passada, no STJ. Naquele ano, recém-contratado pelo SBT, Ratinho exibiu uma matéria "inventada" que culminou em danos morais a dois padres e um noivo.
A história falava que um morador da cidade de Astorga (Paraná) havia largado a mulher para ir morar com o padre que celebrou seu casamento. Além da notícia não ser verídica, o programa de Ratinho no SBT exibiu a imagem de um outro padre.
Os dois padres entraram na Justiça pedindo indenização por danos morais e acabaram vencendo, finalmente, após duas décadas, segundo informou com exclusividade neste domingo o colunista Lauro Jardim, de "O Globo".
Não cabe mais recurso à sentença.
Procurado pela coluna neste domingo, o SBT informou, por meio de sua assessoria, que não comentaria a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Também procurado pela coluna, o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, não se pronunciou até o momento.
Problemas nos tribunais
Não é a primeira vez que Ratinho e o SBT sofrem ações na Justiça de pessoas que se sentiram ofendidas com declarações ou matérias.
Em 2012, o apresentador e a emissora de Silvio Santos foram condenados a indenizar o ex-jogador da Seleção Paulo Roberto Falcão em mais de R$ 300 mil. O motivo foi uma entrevista que o programa fez com a ex-mulher de Falcão, que o acusava de ter "sequestrado" o filho do casal, retirando-o ilegalmente dos EUA e trazendo-o ao Brasil.
Há três anos o apresentador também enfrenta outro processo --muito mais volumoso-- contra o Ministério da Fazenda. A ação é relativa a uma suposta dívida do apresentador com o Fisco no valor de R$ 74 milhões. A defesa do apresentador discorda desse cálculo e está recorrendo.
A Fazenda chegou a pedir a penhora de bens de Ratinho como garantia. O processo ainda está em andamento.
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