Começa demissão em massa na TV Escola: hoje serão 70
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Péssimo final de ano para centenas de pais e mães de família. Serão anunciadas hoje as primeiras 70 demissões da TV Escola, uma emissora pública idealizada e mantida em parceria com o MEC.
Como o MEC foi tomado por obscurantistas como seu atual ministro, Abraham Weintraub, a decisão governamental decisão foi pelo fim da parceria com a TV Escola —gestada pela Associação de Comunicação Roquette Pinto (Acerp) desde sua fundação, em 96.
E isso apesar de, no final de novembro, os conselheiros do MEC terem aprovado a renovação do contrato por mais um ano e o orçamento, que fica entre R$ 40 milhões e R$ 70 milhões anuais.
Várias emissoras educativas do país e alguns congressistas estão se manifestando contra o fechamento da TV Escola, de longe a melhor e mais barata emissora pública e educativa do país.
A TV ainda se dedica ao ensino e à transmissão de programação em Libras (a linguagem dos surdos). Além disso o maior alcance hoje é via digital.
Enquanto desmonta a TV Escola, o governo Bolsonaro segue gastando centenas de milhões de reais anuais nas duas versões da TV Brasil —famoso cabide de empregos criado pelo governo Lula e que o atual presidente prometeu fechar as portas durante a campanha eleitoral.
A TV Escola tem hoje cerca de 360 funcionários e colaboradores, mas isso inclui também a cinematecae a TV Ines, que tem 10% da programação acessível à população surda.
É mais um desmonte numa raríssima ilha de qualidade e ausência de ideologia na educação.
Uma possibilidade é que a emissora ou parte de sua programação continuem sendo exibidas em outras TVs educativas do país. Ao menos para manter viva a marca.
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook e site Ooops
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