Diga ao povo que fico: Regina Duarte segue no governo Bolsonaro

A reunião e almoço entre Regina Duarte e o presidente Jair Bolsonaro terminaram pacificamente e sem mudanças: ela deixou o encontro e disse a pessoas próximas que continua à frente da Secretaria Especial da Cultura.

A atriz de 73 anos levou ao almoço vários planos e projetos para por em prática nos próximos meses, mas eles não foram o centro do assunto.

O almoço foi mais uma reunião em clima fraternal e, segundo a coluna apurou, não se falou nada sobre a pressão ou a ingerência da ala "olavista" (discípulos de Olavo de Carvalho) em sua pasta, como ocorreu mais uma vez ontem.

Na manhã de terça (05) Regina foi surpreendida pela renomeação de Dante Mantovani —que ela havia demitido no início do ano— para retomar o comando da Funarte.

A nomeação foi publicada em Diário Oficial sem seu conhecimento.

No final da tarde de ontem, após um áudio da atriz ter vazado no site "O Antagonista", em que ela demonstrava frustração, a nomeação foi cancelada.

Porém, o assunto não foi tratado no almoço, que teve ainda presença de alguns militares de primeiro escalão e do secretário de Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

Em nenhum momento do encontro a atriz falou que gostaria de deixar o cargo.

Tampouco Bolsonaro fez pressão sobre ela (como alguns jornalistas previam) para que se "enquadre" na agenda conservadora.

Foi basicamente um encontro sem questionamentos de ambas as partes.

Regina segue portanto na pasta em que ocorre o maior fogo cruzado do governo Bolsonaro: fogo travado entre militares (que a apoiam) e "olavistas", que a querem fora.

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