Desde o final de 2014, TV paga perdeu 1 em cada 4 assinantes
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Apesar da quarentena e do confinamento iniciado em março, a TV por assinatura no país continua com uma acentuada fuga de assinantes.
Últimos dados consolidados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) disponíveis, de março, mostram que a TV paga perdeu mais de 90 mil assinantes naquele mês. Em meados de março começou o confinamento para boa parte da população.
Não há nenhuma sinalização de que a perda de assinantes vá ser interrompida. Pelo contrário.
Com o agravamento da crise econômica pós-pandemia é provável inclusive que a situação piore ainda mais, segundo fontes do setor ouvidas por esta coluna na semana passada.
A TV paga segue perdendo assinantes de todos os lados:
1 - por causa do desemprego e queda do poder aquisitivo;
2 - devido à explosão do streaming —um serviço bem mais barato, na comparação;
3 - perde também porque foi implantada no país a TV digital, cuja qualidade é melhor para quem tem hábito de assistir apenas às TVs abertas (quase 50% dos que assinam TV paga);
4 - porque sofre concorrência da internet e seu conteúdo na disputa por atenção;
5 - por último, e não menos importante: por causa da explosão da pirataria.
A TV por assinatura no Brasil fechou março com 15,38 milhões de assinantes, segundo a Anatel. É praticamente líquido e certo que fechará 2020 abaixo dos 15 milhões de assinantes.
Queda vertiginosa desde 2014
No final de 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, ela estava na casa dos 20 milhões. Ou seja, em pouco mais de cinco anos o serviço perdeu quase que 25% de sua base de clientes.
A operadora que mais perdeu base foi a maior de todas: a Claro Net tem hoje 7,6 milhões de assinantes e perdeu em março 58,5 mil assinantes.
A Sky perdeu 28 mil (tem 4,5 milhões). A Vivo por sua vez perdeu 11 mil dos 4,5 milhões de assinantes). A única que registrou algum crescimento foi a Oi, que tem 1,5 milhão de assinantes e ganhou novos 8,2 mil dois meses atrás.
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram e site Ooops
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