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A TV paga no Brasil teve mais uma grande perda de assinantes em 2020, embora essa sangria tenha diminuído em relação a 2019.
No ano passado, o setor perdeu cerca de 828 mil clientes. Isso representa uma retração de 5,6% na base de assinantes.
Conforme esta coluna antecipou em setembro do ano passado, 2020 terminou com menos de 15 milhões de assinantes.
Para ser mais exato, 14,8 milhões —que é mais ou menos a base de assinantes que o setor tinha em dezembro de 2012.
Apesar disso, a queda de assinantes em 2020 foi menor que a de 2019, quando a redução foi de 11%.
A operadora que mais perdeu assinantes foi a Claro. A única operadora que ganhou clientes foi a Oi.
Vários motivos
Como sempre relatamos, há várias causas para a queda no número de assinantes.
Entre elas, a crise econômica e o desemprego, os preços cobrados por pacotes "engessados", péssimo serviço no pós-atendimento (em algumas operadoras, principalmente), a concorrência crescente dos serviços de streaming e, por último, mas não menos importante, a pirataria que vem grassando —inclusive com o beneplácito dos órgãos de fiscalização.
Há uma explosão de caixas de IPTV hoje à venda em lojas de departamento e na internet e, a despeito de não serem ilegais, muitas delas contém "truques" de hardware ou software que permitem transformá-las em aparelhos de pirataria de sinal de TV paga (inclusive de canais premium, como Premiere ou os adultos).
Apesar de tudo isso, 2020 foi um dos anos em que as autoridades mais combateram a pirataria no Brasil.
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