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O Ministério Público Federal decidiu ajuizar uma ação civil pública contra o apresentador Sikêra Jr., da RedeTV, por declarações homofóbicas proferidas em rede nacional na última sexta-feira.
A fala homofóbica e reincidente já havia causado revolta no movimento LGBTQI+, como esta coluna publicou ontem.
No "Alerta Nacional" da semana passada, pela segunda vez nos últimos meses, Sikêra chamou gays de "raça desgraçada".
Ele também ofendeu publicitários e a rede de lanchonetes Burger King, por sua campanha a favor da diversidade (atualmente no ar).
Na ação que o MPF quer levar adiante, também são pedidos R$ 10 milhões de indenização da RedeTV, emissora que abriga o apresentador, cujo ibope tem oscilado na casa 1,5 ponto em São Paulo (cada ponto vale por cerca de 76 mil residências).
Isso representa metade do que Sikêra atingia um ano atrás.
Conforme o site "Notícias da TV" publicou nesta segunda (28), ao menos três anunciantes já tiraram seu patrocínio do programa "Alerta Nacional" após a fala homofóbica da semana passada. Outros anunciantes estão sendo pressionados nas redes sociais a fazer o mesmo.
Bolsonarista pago
Bolsonarista de carteirinha (e com cachê), Sikêra também responde em outras ações, como uma por misoginia, por exemplo.
O MPF assina a ação em conjunto com a associação que atua na defesa dos direitos humanos da população LGBTQIA+ Nuances - Grupo Pela Livre Expressão Sexual. A ação é assinada pelo procurador Enrico Rodrigues de Freitas e a advogada Alice Hertzog Resadori, do Nuances.
Outro lado
A RedeTV informou nesta terça-feira (29), por meio de sua assessoria de imprensa, que "não tem ciência deste processo, e que não comenta processos judicias em andamento".
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram e site Ooops
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