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Ricardo Feltrin

REPORTAGEM

Espertalhões tentam registrar nome de famosos da TV

Fiuk (Re - Reprodução / Internet
Fiuk (Re Imagem: Reprodução / Internet

Colunista do UOL

27/08/2021 15h39

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Desde que a internet surgiu esse problema acontece: pessoas oportunistas ou apenas mais atentas correm para registrar endereços conhecidos com o objetivo de faturar um dia com eles.

Isso dá certo muitas vezes. O sujeito que nos primórdios da internet registrou o endereço www.lasvegas.com faturou nada menos que US$ 50 milhões de dólares com a venda da marca.

Mas, e o que acontece com os famosos —inclusive BBBs?

A coluna ouviu dois especialistas sobre o assunto e eles recomendam muito cuidado por parte dos famosos.

Registrar uma marca ou um nome é complicado e pode ser demorado. Mas tem gente muito mais ágil por aí disposta a passar por cima de seus interesses.

Estudo

Um dos estudos que a coluna teve acesso analisou o termo Fiuk.

O estudo aponta que que Fiuk registrou só uma assinatura dele. Ao mesmo tempo, outras quatro marcas-empresas oportunistas tentaram registrar o nome dele e não conseguiram. Ainda bem, nesse caso.

Com isso, as empresas gastam dinheiro à toa, obrigam Fiuk a gastar para se defender e a máquina pública trabalhando à toa também em algo que deve acabar indeferido. Ou às vezes não. Como ela diz, muitas vezes algo "escapa".

O tempo todo

Isso acontece o tempo todo, com marcas famosas , com celebridades . Por isso é tão necessário ter uma compreensão de registro de marca para que as pessoas protegem a o que são delas. Falando no Fiuk, ele tem que registrar a marca nominativa dele, ele registrou só a assinatura.

Caso Juliette

Já o caso de Juliette (ganhadora do BBB), o caso dela é mais complicado ainda, diz a professora especialista em marcas.

Isso porque "Fiuk" não é um termo comum. Mas Juliette é totalmente comum. Inclusive já existem marcas de roupas com um símbolo da Paraíba (Estado de origem da ganhadora). E são registros anteriores aos dela.

Só agora, depois da fama, ela tentou entrar com outros registros, como Juliette Freire, e vai ser uma luta.

Boca Rosa

Pesquisa com a marca "Boca Rosa" feita pelo Dr. Franklin Gomes, sócio da FG Propriedade Intelectual, mostra que a empresa da ex-BBB Bianca Andrade já tem 10 marcas concedidas atualmente e pleiteia mais duas.

O primeiro depósito de marca feito por ela é de 2015..

Ou seja, ao contrário de Fiuk, ela teve o cuidado de registrar sua marca antes de o começo do sucesso aumentar.

Outro nome que o advogado estuda é do caso Kéfera.

A famosa YouTuber também teve cuidado de registrar suas marcas desde o início da carreira.

Porém, aparentemente, talvez tenha sido mal orientada durante esse caminho: ela está lutando até hoje e não tem direito a registrar muitos produtos em seu próprio nome (há uma variação razoável quanto ao direito e ao alcance de uso de marcas).

Gabriela Pugliese

Já no nome da personal e influencer Gabriela Pugliese há apenas um pedido de marca mista concedido pelo Inpi. Nesse caso, acredita o especialista, foi uma opção dela seguir apenas com uma marca em si.

Apesar do sobrenome Pugliesi pertencer de origem a seu marido, ela obteve o direito de mantê-lo e usá-lo, inclusive comercialmente.]

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