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A decisão de centenas de funcionários da RedeTV entrarem em greve desde à meia-noite de hoje (31) já prejudica o funcionamento de algumas áreas da emissora, bem como programas.
Segundo a coluna apurou, com boa parte dos câmeras e operadores de áudio de braços cruzados, houve dificuldade para gravar o programa de Claudete Troiano.
Uma empresa terceirizada de limpeza teve de ser contratada às pressas para manter os protocolos de limpeza. Nem sequer cafezinho tem na emissora nesta terça-feira.
Alguns funcionários que não aderiram à greve estão sendo deslocados para outras funções.
A emissora, porém, nega que estejam ocorrendo quaisquer problemas e que os grevistas não estão prejudicando em nada a grade de programação.
Sem reajustes
A principal reivindicação dos grevistas é a dos radialistas: embora não haja praticamente essa função na casa, muitos funcionários ali são registrados como tal, e eles alegam que estão há quase quatro anos sem receber reajuste ou abono.
Em nota, a emissora disse lamentar a decisão tomada por "uma minoria". Neste momento, dezenas de grevistas estão firmes e segurando faixas de protesto em frente à emissora, em Osasco.
Entre as reivindicações dos grevistas estão:
- reajuste salarial de 18,72%, aplicado sobre o salário e demais cláusulas econômicas vigentes em maio de 2017;
- abono salarial retroativo equivalente a 353,89% de uma remuneração;
- manutenção de todas as cláusulas sociais constantes da última Convenção Coletiva assinada - 2.016/2018
A emissora, por sua vez, alega que, apesar da pandemia, não fez cortes de pessoal no ano passado.
Os funcionários rebatem que todos os salários tiveram cortes de 25% o ano de 2020 todo, e que isso só não prosseguiu em 2021 também porque o sindicato foi à Justiça exigir que a emissora abrisse suas contas para provar que havia necessidade de manter os cortes.
Em tempo: no jargão contábil, a RedeTV fechou o ano de 2020 no "azul".
Enquanto cortava salários de funcionários em outubro do ano passado, a direção da emissora gastou (com cartão corporativo) R$ 10 mil em vinhos e espumantes europeus, como esta coluna informou à época.
Não é muito para uma emissora que tem até adega, mas é o exemplo que fica (e revolta).
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