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O assédio, o palavreado chulo e principalmente a troca de beijos entre mulheres que estão ocorrendo no reality "A Fazenda", da Record, têm incomodado —e muito— fiéis, obreiros e pastores da Igreja Universal.
A igreja tem histórica ascendência sobre a emissora e também investe (compra horários) na grade de programação.
A coluna teve acesso a mensagens trocadas entre fiéis e obreiros, nas quais "A Fazenda" é duramente criticada por permitir "libertinagem" e por não promover nenhum tipo de "valor cristão".
As críticas cresceram na semana passada, depois que mulheres integrantes do reality show trocaram beijos e carinhos.
Os beijos não foram exibidos pela RecordTV, mas puderam ser vistos no serviço de streaming do grupo, o Play Plus.
Em duas trocas de mensagens que a coluna teve acesso, os beijos são citados como "péssimos" exemplos.
O reality estaria provocando ainda uma tal irritação nos fiéis e obreiros que alguns teriam decidido parar de pagar dízimos ou fazer ofertas enquanto o reality estiver no ar.
Outro lado 1
Procurada para comentar o assunto, a Universal, por meio de seu departamento dfe comunicação, a UNICom, negou o descontentamento interno, disse que seus fiéis sabem que a Record "é uma empresa secular" e tem seus próprios interesses, e que esses mesmos fiéis "sabem usar o controle remoto".
Veja abaixo a nota da igreja:
"Por mais que o desejo de todo cristão seja que os meios de comunicação fossem 100% utilizados em prol da fé e valores cristãos, sabemos que isso não é legal, nem possível na prática.
Canais de TV aberta como a RecordTV, SBT, Band etc. são concessões públicas e submetidas à obrigatoriedade de oferecer programação secular variada, que pode incluir determinados conteúdos que uma família cristã não escolheria para assistir.
Porém, os cristãos em geral — incluindo os membros, obreiros e pastores da Universal, que não são destituídos de inteligência — além de saberem disso, também entendem que o simples uso do controle remoto resolve o problema de um determinado conteúdo na TV que não agrade a sua fé.
O valor que a Universal paga por horários em qualquer canal de TV, no Brasil e em outros países, está relacionado ao seu alcance, tempo e audiência, e nada tem a ver com a programação que tal canal exibe em outros horários.
Cabe aqui um exemplo: se a Rede Globo permitisse que a Universal utilizasse um horário no intervalo de um de seus muitos programas que agridem a fé cristã, provavelmente, usaríamos esta oportunidade para alcançar seu público.
Isso não significaria que estamos de acordo com tal programação, mas apenas usando de estratégia para espalhar a mensagem da fé."
Outro lado 2
Procurada pela coluna, a Record, por meio de sua Comunicação, disse que não comentaria o assunto.
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram e site Ooops
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