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No ibope, outubro foi o pior mês da história para duas das maiores emissoras comerciais do país: Globo e SBT.
Ambas fecharam o mês passado com a pior média de audiência mensal de suas respectivas histórias, segundo dados consolidados da Kantar Ibope, obtidos com exclusividade pela coluna.
Ainda líder isolada —e com grande folga sobre a concorrência—, a Globo terminou o mês passado com 10,8 pontos e 30,7% de "share" no mercado nacional, chamado de PNT (Painel Nacional de Televisão).
Esse é o resultado da medição nas 24 horas do dia e são estudadas as 15 maiores regiões metropolitanas do país.
Reforçando a respeito da liderança da Globo: significa que cerca de 3 em cada 10 TVs ligadas no país continuam sintonizadas na TV da família Marinho 24 horas por dia (os tais 30,7% de "share", ou participação no universo de TVs ligadas).
Mas a queda de "share" global chegou a 25% em apenas 19 meses.
Atrás da Globo veio a Record, que fechou com 4,6 pontos e 12,9% de share. Um crescimento de 5% em relação a setembro, que certamente foi causado por "A Fazenda", "Top Chef", além da novela "Gênesis" —que virou uma dor de cabeça para a Globo em praças como Salvador e Goiânia.
SBT vai bem... mal
Em terceiro lugar já longínquo ficou o SBT e sua programação cheia de improvisos, reprises e mudanças de planos repentinas: marcou 3,4 pontos e 9,7% de share —o pior resultado de seus 40 anos de existência.
Nunca tão poucos aparelhos de TV no Brasil sintonizaram a TV de Silvio Santos.
Em quarto lugar entre as TVs comerciais veio a Band, com 1,0 ponto e 2,8% de "share" nacional, o que, convenhamos, é bem pouco para uma emissora com tanta tradição e que fará 55 anos em 2022.
Em último, a RedeTV com 0,4 ponto de ibope (o que é considerado tecnicamente "traço", por estar abaixo de meio ponto) e 1,0% de "share".
Por quê? Por quê?
Por que essa queda está ocorrendo na TV aberta —e, em especial, na Globo?
Já falamos sobre isso aqui várias vezes.
A explosão do streaming está afetando não só as TVs abertas do ponto de vista de conteúdo (os streamings têm muito mais acervo), mas alterando o comportamento, o hábito do telespectador.
Se antigamente a família se reunia todas as noites na TV para assistir novela, hoje esse "núcleo" familiar se fragmentou, com cada um assistindo o que quer em seu celular ou quarto.
Outra causa é o "encolhimento" do que chamamos "família".no Brasil.
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram e site Ooops
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