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A Globo ainda é a maior emissora do país e lidera com folga o ibope não só da TV aberta como também o da TV paga e, se existisse um ranking de serviços de streaming nacionais, estaria em primeiro também com seu Globoplay.
O problema é que quem banca todos os investimentos, de forma geral, é a TV comercial. A TV Globo. E ela, mês a mês, perde cada vez mais público.
Entre março do ano passado —início da pandemia— e outubro passado, a Globo perdeu pelo menos 1 em cada 5 telespectadores na média de ibope das 24 horas do dia.
É o que apontam os dados de audiência nacional mensurados pela empresa Kantar Media. A emissora está perdendo fôlego em praticamente todas as faixas horárias, inclusive em seu jornalismo que outrora foi paradigma e hoje é bem repetitivo e cansativo.
Os dados foram obtidos pela coluna com terceiros. A Kantar não pode divulgá-los dessa forma por questões contratuais.
A Globo fechou outubro com 10,8 pontos e 30,7% de "share" (a participação no universo de aparelhos de TV ligados).
Para comparação, em março de 2020 os números da Globo eram 14,4 pontos e 36,2% de "share".
Mais comparação? Pois em 2004, o melhor ano da Globo neste século, ela marcava 19 pontos e 57,0% de "share" nas 24 horas do dia.
Quem banca tudo é a TV Globo
Provavelmente alguém vai argumentar: "Aiiinn mas isso é porque as pessoas estão vendo a novela e o "JN" no Globoplay".
Ledo e redondo engano, senhoras e senhores leitores (e você, o comentarista desavisado).
A audiência geral oriunda do serviço de streaming do grupo ainda é residual perto do da TV aberta.
Além disso, repetindo, quem fatura e banca tudo —incluindo todos os investimentos no Globoplay e na TV paga— é a TV comercial.
E a Globo ainda tem de dar graças aos céus por ter um imenso acervo que pode alimentar seu streaming.
Enquanto a Netflix tem de se matar para produzir ou comprar conteúdo, a Globo já tem um arquivo imenso com muita coisa pronta, e de qualidade.
Ela só não coloca mais coisas no acervo Globoplay por falhas contratuais do passado, que não previram que um dia poderia surgir um novo tipo de mídia como o streaming.
Mas, quem poderia imaginar?
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram e site Ooops
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