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Ricardo Feltrin

REPORTAGEM

Ibope de TV aberta e paga vai ladeira abaixo; streaming mostra força

Serviços de streaming estão por cima da "carne seca" midiática no Brasil e no mundo - Reprodução / Internet
Serviços de streaming estão por cima da "carne seca" midiática no Brasil e no mundo Imagem: Reprodução / Internet

Colunista do UOL

08/01/2022 15h12

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Dados consolidados de audiência no ano passado reforçam o dos últimos cinco anos: tanto a TV aberta como a por assinatura continuam vendo seu público minguar, enquanto os serviços de streaming viraram o "novo entretenimento" da família brasileira (ao menos daquelas que têm banda larga).

Quase sem exceção, na comparação de 2020 com 2021, todas as emissoras abertas perderam pontos de ibope e "share" (participação de cada uma no universo de TVs ligadas).

A "exceção" é a Record, que ficou no zero a zero (nem ganhou e nem perdeu público no ano passado).

Os dados se referem à medição feita pela Kantar Media nas 15 maiores regiões metropolitanas do país.

A "campeã" em perda de "share" foi a RedeTV (-26%), seguida pelos canais pagos (-21%), SBT (-15%), Band (-12%) e Globo (-6%).

Streaming ainda poderoso

Na contramão disso a Kantar identificou mais um ano de disparada no consumo de vídeos e streamings nos lares brasileiros (+24%). Não é possível afirmar que estão sendo feitas mais assinaturas, mas os números mostram que, quem adquire esses serviços, faz uso dele em toda sua plenitude.

Ou seja, o modelo de assistir o que se quer quando der na telha do telespectador parece ser o futuro que condenará (no longuíssimo prazo, diga-se) a programação linear.

Sempre importante relembrar que esses dados abordam um grande recorte do consumo de TV, mas não de toda a população. Como esta coluna antecipou em outubro de 2020, ao menos 80 milhões de brasileiros estão alijados de serviços de banda larga e só têm a TV aberta como entretenimento caseiro.

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