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Por mais sete dias apenas, milhões de assinantes de TV paga no Brasil perderão três canais dedicados ao público infantojuvenil, e mais um com foco na natureza.
Para usar a linguagem eufemística das grandes corporações, o Grupo Disney vai "descontinuar" da TV paga a distribuição do Disney Jr. e Disney XD.
Também eliminará os canais NatGeo Wild e NatGeo Kids.
Parte do conteúdo dos dois primeiros canais —mais uma parte do NatGeo Kids—, migrarão para o Disney Channel, o único infantojuvenil do grupo que permanecerá no "menu" das operadoras (por enquanto).
Já o NatGeo Wild terá um "bloco" dentro do NatGeo (até quando, também não se sabe).
Bola cantada
O que antes era especulação do mercado se tornou realidade: a estratégia de mega conglomerados como Disney (e Globo) é distribuir seu próprio conteúdo nas suas próprias plataformas (de streaming), sem precisar de nenhuma operadora "atravessando" o negócio.
Esse (operadoras distribuindo conteúdo) foi o modelo mundial até o advento e popularização do streaming.
É verdade que as operadoras ainda continuarão faturando bilhões com o consumo de internet (e em breve o 5G). Mas, agora, o produtor de conteúdo pode levar seu acervo diretamente à casa do consumidor.
Mas, há um porém nessa fórmula: o tal "modelo de negócio" do streaming ainda é totalmente deficitário.
Nem mesmo a gigante Netflix tem produzido lucro algum desde que nasceu.
A Globo também está tendo prejuízos milionários com a plataforma Globoplay.
A justificativa é que são modelos de negócios com perspectiva de longo prazo.
Outro lado
A coluna enviou mensagem para toda a assessoria da Disney no Brasil, mas não recebeu nenhuma resposta até a publicação deste texto.
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram e site Ooops
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