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A EBC (Empresa Brasil de Comunicação), gestora das TVs Brasil, publicou finalmente o seu balanço financeiro de 2021. Saiu anteontem no "Diário Oficial da União".
A empresa gastou no ano passado R$ 506,7 milhões —R$ 13,4 milhões a mais do que em 2020 (R$ 493,3 milhões).
Isso é mais do que o faturamento ou os custos anuais de uma emissora aberta como a Band.
Como esta coluna antecipou no ano passado, quase 60% dos gastos são só em salários, sejam para concursados (R$ 383 milhões), cargos sem vínculo, de confiança etc.
A EBC tem no total cerca de 1.800 funcionários.
Mundaréu de dinheiro
Nos gastos descritos no balanço estão R$ 112 milhões para "divulgar atos do governo", R$ 59 milhões em rádios, R$ 37 milhões em internet e serviços, além de R$ 9,6 milhões só em monitoramento de mídia (uma espécie de "clipping" 2.0).
Vale lembrar que as duas TVs Brasil —principais gastos da EBC— não chegam nem a 0,3 ponto de ibope. Ou seja, as duas somadas ainda são o chamado "traço de audiência". O ibope de seus sites também é irrelevante, perto da concorrência noticiosa.
Outro lado - EBC
Procurada pela coluna, a EBC (empresa Brasil de Comunicação) confirmou os números do balanço, ressaltando que boa parte dos gastos é de custeio de pessoal.
A empresa declara que faz o balanço dentro das regras da legislação
Continuou a mamata
Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro jurou que acabaria com a TV Brasil, segundo ele, porque eram "cabides de emprego petistas".
Não só não acabou com as TVs, como criou mais duas emissoras públicas no MEC (Ministério da Educação), que custarão mais R$ 25 milhões aos cofres públicos.
Se atacava o PT por "aparelhar" a EBC, Bolsonaro fez a mesma coisa com seus aliados, empregando até filhos de amigos militares, sem experiência, com salário inicial acima de R$ 10 mil.
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