Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Na semana passada o site F5 publicou com exclusividade que o programa "Faustão na Band" demitiu 40 funcionários.
Ou seja, um terço das 120 pessoas que trabalham na produção do programa, que não deve ser mais diário em 2023.
O problema é que Faustão não será o único a ter cortes na carne dessa proporção, muito menos a Band. Todas as emissoras de TV estão se preparando para um ano dificílimo em termos de receitas publicitárias.
Motivo: horário eleitoral e ano eleitoral.
Não é só Faustão
O horário obrigatório elimina 50 minutos diários da programação dos canais, inclusive 25 deles em horário nobre, o mais valioso.
Isso significa quase uma hora diária a menos na programação, o que causará, ainda que temporariamente, "gordura" nos quadros.
Além disso, o horário eleitoral tem outro efeito perverso: também tira até quatro "breaks" comerciais das emissoras (dois de manhã, dois à noite).
Sim, porque a despeito do bilionário fundo partidário, ninguém paga às emissoras pelo espaço eleitoral.
As TVs só terão algum benefício no próximo ano, na hora de pagar o imposto de renda e outros tributos federais, quando obterão alguns descontos. Mas, repito, só no ano que vem.
Já o ano eleitoral afugenta anunciantes de forma generalizada, todos temerosos com o futuro do país.
E com razão. A campanha eleitoral promete ser a mais suja e violenta de todos os tempos. Todas as empresas estão pisando no freio, temendo o pior.
-30% em publicidade nas TVs
Fonte publicitária ouvida pela coluna estima que no segundo semestre é possível que ao menos 30% da publicidade "desapareça" das TVs. Mas, pode ser que seja ainda mais.
A Band foi apenas a primeira a se adequar: diminuiu o tamanho de seu maior e mais caro programa. Era até previsível esse ajuste.
Mas, Globo, Record e SBT também se preparam para encolher seus quadros de funcionários em 2022.
Com menos anúncios (inclusive os do governo federal), a RedeTV, por exemplo, já está buscando alternativas de receitas, como o aluguel de estúdios para grandes produtoras, como Netflix.
Notem por fim que não há nenhum grande lançamento de programação da TV aberta previsto para 2022.
Ou seja: empresas, agências de propaganda, TVs e brasileiros esperam para saber como estará o Brasil em janeiro de 2023. Oremos.
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram e site Ooops
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.