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Após quatro dias, a Record TV já recuperou todos os arquivos que foram invadidos e "sequestrados" no último sábado (08) por um grupo desconhecido de "hackers".
Os criminosos invadiram o sistema central em São Paulo, no qual a emissora armazena todo o conteúdo usado no dia a dia, como reportagens e quadros de seus telejornais e programas de entretenimento.
Após "entrar" nesse sistema, os "hackers" criptografaram todo o material dentro e, grosso modo, "trocaram a fechadura", impedindo a emissora de entrar nele.
Dados recuperados
Segundo a coluna apurou, o departamento de Tecnologia de Informação (TI) da Record já tem uma espécie de "espelho" ou "cópia" de tudo que estava armazenado e foi furtado.
Porém, não é possível liberar ainda o acesso aos arquivos porque o ataque cibernético continua até o momento em que este texto é publicado, nesta quarta (12).
A forma como esse ataque foi e continua a ser feito ainda não foi explicada.
Os "invasores" estariam exigindo R$ 25 milhões para devolver a "chave" do sistema.
A Delegacia de Crimes Cibernéticos está auxiliando a emissora na investigação do caso.
Foi grave; podia ser pior
Nesta quarta, a TI da Record respira aliviada porque confirmou que, a despeito de a invasão ter sido bem-sucedida, as "camadas" de proteção criadas acabaram funcionando com relativa eficiência.
Foi isso que permitiu à empresa ter, neste momento, a cópia de tudo que foi "hackeado"
O segundo grande alívio foi perceber, ontem, que nenhuma informação sigilosa —seja financeira, jurídica ou estratégica— foi acessada.
Os "hackers", na verdade, estão de posse de anos e anos de material jornalístico ou de entretenimento editado ou em estado bruto.
Isso significa que os bandidos "sequestraram" algo muito menos valioso do que pensam ou que gostariam.
O acervo histórico da Record, por exemplo, não foi afetado. Novelas, reality shows e outros materiais também não foram atingidas, pois estão armazenadas em outros locais, como esta coluna publicou ontem.
Não há nenhuma previsão para a solução final do crime.
Desde o ataque o departamento de Comunicação da Record não emitiu nenhuma nota a respeito do caso. Se o fizer, este texto será atualizado.
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram, site Ooops! e YouTube
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