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Subiu um degrau o pesadelo que a Record vive desde o último dia 8, quando seu sistema central de dados e conteúdo em vídeo foi "sequestrado" por hackers.
Os invasores começaram a vazar documentos sigilosos da emissora e de seus funcionários na "deep web".
O alerta foi do especialista e investigador de cibercrimes @akaclandestine. Ele diz que investiga (palavras dele) "o esgoto da internet" desde 2005. Por "esgoto" leia-se "deep web" e "dark web" —espécies de "lado B" da internet.
Esta coluna viu uma planilha digitalizada com os gastos detalhados do grupo Record, bem como documentos sigilosos das receitas com publicidade e até do departamento Jurídico da casa.
Até passaporte
Viu ainda o passaporte digitalizado de uma estrela do entretenimento da casa.
Aparentemente, como esta coluna postou no último dia 12, mesmo se a Record pagasse o "resgate", não haveria certeza de que os dados seriam copiados e depois revendidos novamente pelos criminosos. Pois, que há cópias, já há 99,9% de certeza.
Está comprovado também que o crime cibernético atingiu muito mais que apenas vídeos de reportagens e quadros, como a TI (Tecnologia de Informação) da emissora acreditava.
E ainda pode piorar, caso os hackers estejam de posse de todos os endereços de e-mails e conteúdos trocados pelos funcionários (inclusive toda a cúpula) ao longo dos anos.
Não há relato de ataque semelhante sofrido por uma TV com o alcance da Record no mundo.
Ultimato expirou
Ontem às 13h50 venceu o "ultimato" dado à Record por hackers que invadiram um sistema central de dados e conteúdos da emissora. Eles criptografaram os dados e tomaram conta do sistema.
Eles pediam R$ 35 milhões em bitcoins (criptomoeda não rastreável), mas propuseram um desconto de R$ 10 milhões, caso o pagamento fosse feito até 13h49 de ontem.
Record silencia
Apesar de estar sendo procurada com insistência, a Record não se pronuncia desde o início do ataque.
A invasão teve o mesmo modus operandi do que vitimou a JBS no ano passado. Ela pagou US$ 11 mi de resgate. Ainda assim os dados estão à venda na "deep web". Um "anúncio" oferece o conteúdo e avisa: serão vendidas 2 unidades
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram, site Ooops! e YouTube
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