Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Em rota descendente desde o fim da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, a TV por assinatura termina 2022 com ainda mais agonia.
Dados consolidados de audiência, medidos pela Kantar Media, mostram que este ano, na comparação com 2021, a TV paga já perdeu 20% do público que a consumia.
Ou seja, de cada 10 aparelhos de TV no país que ainda sintonizavam seus inúmeros canais lineares no ano passado, dois deixaram de fazê-lo.
Em 2021, entre janeiro e novembro, a TV paga marcava 4,4 pontos de ibope e 12,2% de "share" no Brasil.
Este ano ela termina com 3,5 pontos e 10,2% de "share". Ano após ano, a sangria da base de assinantes só piora.
A TV paga tem hoje apenas 50% do público que consome serviços de streaming no Brasil.
Cada ponto na medição nacional vale por cerca de 260 mil domicílios.
Menos público
O Brasil termina 2022 com cerca de 12,6 milhões de assinantes de TV. Para comparação, em novembro de 2014 esse número já estava na casa dos 20 milhões.
Segundo consulta à Anatel, todas as operadoras perderam assinantes nos últimos 12 meses. A única que conseguiu ao menos não cair foi a TIM.
A Claro continua sendo a maior operadora desse serviço, com 5,23 milhões.
Uma mídia na UTI
A despeito da entrada e explosão do streaming no Brasil e no mundo nos últimos anos, e da invencível pirataria, a TV por assinatura o Brasil parece em estado de choque e seu reação.
Seu modelo de negócio e de divulgação de conteúdo ainda estão no século passado.
Entre os grandes problemas do modelo estão: preço elevado, mau atendimento, canais inúteis ou indesejáveis enfiados goela abaixo do assinante (dentro dos pacotes caros); conteúdo repetitivo à exaustão; e propagandas (as mesmas) a cada cinco minutos etc.
Mas, de longe, o pior é o péssimo conteúdo oferecido pela maioria dos canais. Canais que já foram referência, como os do Grupo Discovery, hoje se dedicam a exibir aberrações como "Monstros da Montanha" e "Em Busca do Pé Grande".
O NatGeo, por sua vez, que outrora foi uma referência em mídia de qualidade, ocupa hoje boa parte de sua grade com realities que mostram inspeções de bagagens em aeroportos.
Não tem como dar certo mesmo.
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram, site Ooops e YouTube
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.