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Ricardo Feltrin

REPORTAGEM

Sem pandemia, captação de direitos autorais dispara e vai a R$ 1,2 bi

Martinho da Vila, grande compositor brasileiro, tem 446 canções registradas no Ecad - Leo Aversa/Divulgação
Martinho da Vila, grande compositor brasileiro, tem 446 canções registradas no Ecad Imagem: Leo Aversa/Divulgação

Colunista do UOL

19/02/2023 11h51

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O fim da pandemia de coronavírus fez a economia mundial renascer e o pagamento de direitos autorais já tem um número para chamar de seu: a distribuição desses direitos cresceu 35% no ano passado, em relação a 2021.

Segundo o Ecad, foram repassados no ano passado cerca de R$ 1,2 bilhão em direitos a 316 mil compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores, além de associações musicais.

Cerca de 64% desse dinheiro foi distribuído a artistas nacionais, o que mostra que o tempo em que veículos brasileiros executavam muito mais músicas internacionais ficou para trás.

TVs lideram a grana

Curiosamente, quem pagou mais direitos autorais no ano passado foram as TVs (41%); o streaming de vídeo (Netflix, Globplay, Prime etc) foi responsável por 11%; o de áudio (Spotify, Deezer, Apple Music etc.), 7%.

Já o segmento rádio, outrora o maior pagador de direitos autorais do país, captou apenas 20%. Outro número é a categoria "shows", que arrecadou 6%; o restante foi captado de outras formas.

Nos últimos anos, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação de Direitos) também passou a dar atenção a demandas como diversidade e inclusão.

Metade dos quadros da instituição hoje é ocupado por mulheres, e elas estão em 44% dos cargos de liderança.

A superintendência executiva, cargo máximo, é ocupado por Isabel Amorim.

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