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Xuxa Meneghel é prova de que é possível renascer a qualquer ponto da vida, com qualquer idade. Claro, isso também só ocorreu porque ela foi abençoada com um dom. O de comunicar.
Para mim, a diferença entre um apresentador e um comunicador é que o segundo consegue falar com todas as idades, raças, credos, classes sociais e gêneros. O comunicador pleno também se posiciona.
Nesse quesito, Xuxa é um caso único.
A maioria das personalidades nacionais da TV evita se pronunciar por questões políticas ou financeiras.
Ela, não.
Não me lembro de outra celebridade que nos últimos cinco anos tenha sofrido tanto linchamento, cancelamento; que tenha gasto tanto dinheiro para processar homofóbicos famosos ou anônimos; que tenha colocado a cara e as redes sociais para bater (e apanhar).
Nos últimos anos, se tornou uma bandeira da democracia, da ciência, do movimento LGBT; e agora também do veganismo.
Xuxa hoje combate a homofobia e a transfobia apresentando um reality com drags. Nem parece, mas é um simbólico tapa de plumas e paetês na cara dos intolerantes.
Globo? Que Globo?
Curiosamente, ela está conseguindo afastar de sua aura até mesmo o nome Globo.
Notem que, em muitas entrevistas com ela, atualmente, os jornalistas nem sequer mais perguntam sobre Globo. Descolou.
Hoje ela produz conteúdo (em vídeo e letras) transbordando diversidade, respeito ao próximo, educação e educação alimentar.
Fora, fascistas
Notem também que Xuxa baniu de sua vida qualquer um (a) que mexeu com sua consciência. Por exemplo, fechou a porta de sua casa para ex-amigos que declararam apoio à ditadura e fizeram declarações homofóbicas. Botou essa gente para correr.
Xuxa pediu a cassação da Damares. Bateu boca com os filhotes de Bolsonaro; aguentou linchamento de olavistas e até de apresentadores e donos de outras TVs; mas ficou firme.
Lembram que ela não deu nem sequer um autógrafo para uma bolsonarista?!
Isso, para mim, se chama índole. Consciência de si e de seu lugar no mundo e em seu próprio país.
Quando o Brasil mais precisou, ela estava lá na trincheira.
Ainda está. Que Xuxa fique mais 60 anos com a gente.
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram, site Ooops e YouTube
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