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Por mais de cinco décadas, qualquer evento esportivo foi exclusividade da Globo: Copa, Olimpíada, campeonatos nacionais, estaduais, sazonais, internacionais... TUDO era da Globo.
Mas, nos últimos anos, estamos assistindo ao desmonte desse monopólio; que pode até ter feito um ótimo trabalho, mas prestou um péssimo serviço para a isonomia dos meios de comunicação e, em especial, a das TVs.
Não mais invencível
Por ser muito mais rica e beneficiada que toda a concorrência desde priscas eras, a Globo nunca permitiu que ninguém ou nada atrapalhasse sua hegemonia esportiva.
Inclusive é sabido que, por décadas, ela comprou direitos de eventos esportivos que nem sequer exibiu, ou exibiu muito pouco. Tudo para impedir a concorrência de crescer.
Bom lembrar que isso não ocorreu só no futebol, mas até em desenhos animados. Por exemplo, quando a Globo comprava os melhores seriados da Disney para exibir só em parabólica.
Unicamente para prejudicar a parceria do SBT com o conglomerado norte-americano.
Mas, o doce acabou
Como para as TVs brasileiras seria impossível sonhar em "peitar" a Globo, essa tarefa coube às gigantes internacionais e a uma nova forma de mídia fazê-lo, o streaming.
Nos últimos cinco anos, o monopólio da Globo foi pulverizado não só com outras TVs, como Record e SBT, mas principalmente com as plataformas de streaming.
Os preços proibitivos cobrados pelas empresas ou entidades detentoras de direitos de transmissão foram causa determinante.
Ao contrário do saudoso passado, a Globo não tem mais tanto dinheiro para torrar em nada. Nem em esporte, nem em novelas e nem em filmes.
Exclusividade? Tem, mas acabou
Vejam que a emissora da família Marinho acaba de comprar os direitos da Copa de 2026, mas sem exclusividade. Aceitou dividir o filé mignon do esporte mundial com concorrentes.
Notem também que a Globo desmontou todo seu departamento de Esportes nos últimos meses.
Dispensou ou não renovando com suas estrelas, comentaristas e narradores. Não sobrou ninguém com salário altíssimo. Esse tempo acabou.
E, podem ter certeza que isso é bom para o telespectador, para o anunciante e para o próprio esporte.
Nenhum monopólio é bom. Por mais bem feito que seja.
Como está hoje a transmissão de alguns campeonatos:
Libertadores: Paramount + e Globo
Sul-Americana: Paramount + e SBT
ESPN: Libertadores e Sul Americana
Copa do Brasil: Canal da CBF no YouTube, Globo e Prime
Campeonato Brasileiro: Globoplay (Globo) e SporTV
Campeonato Inglês: Star +
Champions League e Paulista: HBO Max / SBT
Espanhol: ESPN +
Copa do Mundo: Globo, por ora, mas sem exclusividade
Fórmula 1: Band
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram, site Ooops e YouTube
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