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A TV brasileira foi chacoalhada esta semana por uma demissão em massa de jornalistas e âncoras da TV Globo e da GloboNews.
Por dois dias, o colunista Lucas Pasin, de Splash, mostrou os bastidores das demissões quase que em tempo real. O corte atingiu cerca de 40 jornalistas até o momento.
Tristeza, lágrimas, perplexidade foram alguns dos sentimentos que invadiram as redações do Grupo Globo.
A má notícia é que ainda não acabou. O pior é que ainda não está nem perto de acabar. Foi assim na dramaturgia e será assim também no jornalismo. Os cortes e enxugamentos secundários poderão levar meses.
Muito mais gente afetada
O problema é que nós, da imprensa, só estamos notando as demissões porque elas atingiram os chamados "medalhões" do jornalismo brasileiro.
Mas, não notamos que, para cada jornalista renomado que disse adeus à Globo esta semana, outras pessoas já estão perdendo ou vão perder seus empregos igualmente.
Esquece-se que produtores, câmeras, iluminadores, assistentes e motoristas também são profissionais do jornalismo.
Só que, ao contrário de parte dos demitidos famosos, essas pessoas não estão saindo com "colchão" proporcionado por um salário de cinco ou seis dígitos recebido por anos e anos; quiçá, décadas.
Enxugamento geral
O que aconteceu é só mais um passo do projeto que a empresa Globo, muito mais que só a TV, tem implantado há pelo menos quatro anos.
Departamentos estão sendo fundidos. Cargos estão sendo eliminados. Funções sobrepostas estão desaparecendo. Salários nababescos do passado serão só uma lembrança a partir de agora.
Não faz sentido nenhum a uma empresa ter vários funcionários fazendo o mesmo trabalho, ainda mais quando um deles tem um salário enorme.
Cortar pela metade
Além disso, vale ponderar que não há sentido em um mesmo veículo de mídia noticiosa ter redações separadas.
Afinal, de uma forma ou de outra, elas acabam produzindo (ou reproduzindo) basicamente as mesmas coberturas e os mesmos conteúdos, que apenas serão exibidos em duas marcas diferentes, a TV Globo e a GloboNews.
O resultado para o telespectador? Ele verá novos rostos do jornalismo da Globo. O que também é bom.
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