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Imobilização de George Floyd parecia "razoável", depõe ex-policial

21/02/2022 16h52

Por Jonathan Allen

ST. PAUL, Minnesota (Reuters) - Imobilizar George Floyd com o rosto no chão, em uma rua em Mineápolis em 20 de maio de 2020 pareceu razoável naquele momento, disse nesta segunda-feira Thomas Lane, um dos três policiais da cidade em julgamento por violarem os direitos civis do homem negro algemado. 

Lane foi o terceiro dos três ex-policiais a sentar no banco dos réus para se defender no julgamento federal no Tribunal do Distrito de St. Paul, acusado de recusar a Floyd o direito de receber atendimento médico enquanto estava sob custódia da polícia. 

Respondendo calmamente às perguntas de seu advogado Earl Gray, Lane disse ao júri como chamou pelo rádio uma ambulância após ver que a boca de Floyd sangrava após seu embate físico com ele e outro policial que tentavam colocá-lo em um carro da polícia. 

Seus co-réus, Tou Thao, de 36 anos, e J. Alexander Kueng, de 28, depuseram na semana passada dizendo que obedeceram à autoridade de Derek Chauvin, oficial de hierarquia mais alta na cena. Lane e Kueng eram novatos, recentemente saídos do treinamento. 

Um vídeo feito por celular mostra Chauvin, que é branco, se ajoelhando sobre o pescoço de Floyd por mais de nove minutos enquanto Floyd implora por sua vida, provocou uma série de protestos gigantescos contra o racismo e a violência policial. Chauvin foi condenado em um julgamento separado no ano passado pelo assassinado de Floyd, e foi sentenciado a 22 anos e meio de prisão. Em dezembro, ele também se declarou culpado diante das acusações federais de violação dos direitos civis de Floyd. 

Procuradores disseram que os policiais têm um dever de atender e cuidar de qualquer um que esteja sob custódia, e que os três homens romperam com o treinamento e com o bom senso ao não fazerem mais para ajudar Floyd. 

(Reportagem de Jonathan Allen)

((Tradução Redação Brasília, 55 61 3329-6330))

REUTERS MCM