O ano de 2023 pelas lentes dos fotógrafos da Reuters
Este ano entra para a história por ter sido marcado por duas grandes guerras: um conflito contínuo na Ucrânia, que luta contra uma invasão russa, e um novo episódio de violência no Oriente Médio entre Israel e militantes do Hamas.
Fotógrafos da Reuters estavam nos locais para registrar tudo que acontecia, e muito mais.
Em fevereiro, um terremoto de magnitude 7,8 na Turquia e na Síria derrubou prédios sobre os moradores — incluindo Abdulalim Muaini, que acabou sendo resgatado, e sua família, que estava entre as mais de 54.000 pessoas que perderam a vida no desastre. Outro terremoto, em setembro, matou mais de 2.900 pessoas no Marrocos.
Foi um ano em que as evidências de que o clima da Terra está mudando pareceram mais evidentes do que nunca. Incêndios florestais no sul da Europa e no Canadá, em julho, destruíram casas e cobriram as cidades com uma névoa espessa, enquanto na América Latina os níveis de água caíram a níveis recordes, ameaçando os meios de subsistência e matando botos no Rio Amazonas em meio à seca severa. As tempestades levaram fortes chuvas para a Califórnia em março, engolindo quase completamente uma estrada — uma visão melhor ilustrada do céu.
Os combates entre grupos armados e ataques a civis se intensificaram no leste do Congo, houve uma nova onda de assassinatos por motivos étnicos em Darfur, no Sudão, e as gangues tomaram conta de grande parte do Haiti.
Essas situações desesperadoras levaram muitos a embarcar em jornadas migratórias arriscadas na esperança de uma vida melhor. Venezuelanos se equilibraram em cima de trens de carga para chegar à fronteira entre Estados Unidos e México, enquanto africanos partiram para Europa em barcos precários. Nem todos conseguiram.
Julgamentos ocuparam as manchetes dos EUA. O ex-presidente Donald Trump envolveu-se em uma série de problemas legais, enquanto o magnata da criptomoeda Sam Bankman-Fried foi condenado por fraude.
A grande notícia do final de 2023 foi a guerra entre Israel e o Hamas. Em 7 de outubro, o Hamas invadiu o sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo cerca de 240 reféns, de acordo com dados israelenses. Em retaliação, Israel bombardeou Gaza e montou uma ofensiva terrestre que, no final de novembro, já havia matado mais de 15.000 pessoas, segundo autoridades de Gaza. Muitas das pessoas envolvidas na violência eram crianças e jovens.
Enquanto essa guerra e outras notícias tiravam o foco da Ucrânia, o conflito continuava no leste do país. A morte se tornou uma ocorrência cotidiana — um fotógrafo da Reuters registrou uma mulher em outubro olhando para corpos estendidos no chão de uma forma que sugere que era triste, mas não mais chocante para ela.
Em meio à morte e ao desespero que marcaram o ano de 2023, os seres humanos ainda encontraram maneiras de lembrar e comemorar, e fotógrafos da Reuters também procuraram essas histórias. Crianças participaram de tradições transmitidas pelos mais velhos, aprendendo artesanatos antigos, vestindo-se para ocasiões religiosas ou agitando bandeiras na coroação do rei Charles 3º em maio.
Pessoas praticaram esportes, saíram para festas e para ver exposições de arte, nadaram e surfaram, desfilaram nas passarelas e distribuíram Oscars.
Os OVNIs se tornaram um tema inesperadamente quente nos noticiários, com audiências realizadas nos Estados Unidos e no México — e algo apareceu nos céus dos EUA em fevereiro. Era um pássaro? Um avião? Um ET? Ou seria um balão espião?
Um fotógrafo da Reuters tirou uma foto de um objeto à deriva na costa da Carolina do Sul depois de ter sido abatido, apenas um momento entre muitos outros que envolveram o mundo em 2023.
Veja o restante das fotos neste link.