Egito abre mais galerias no tão aguardado museu de antiguidades
CAIRO (Reuters) - O Egito abriu uma série de galerias para o público nesta terça-feira em seu mais novo museu, mas a brilhante coleção do Rei Tutancâmon e os barcos solares enterrados pela Pirâmide de Khufu ainda não foram revelados, aguardando uma grande inauguração há muito adiada.
Há mais de 20 anos em construção, o amplo Grande Museu Egípcio, ao lado das pirâmides de Guizé, foi inicialmente programado para ser inaugurado em 2012, mas seu lançamento foi adiado várias vezes devido a custos excessivos e tumultos políticos.
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Na semana passada, o primeiro-ministro do Egito, Mostafa Madbouly, anunciou uma "abertura experimental" antes de uma inauguração formal. As autoridades egípcias afirmam que vários líderes mundiais manifestaram interesse em participar da inauguração oficial, mas não informaram quando isso ocorrerá.
O hall de entrada principal do museu, com sua escadaria de estátuas faraônicas e um anexo para compras comerciais, foi aberto ao público em fevereiro de 2023.
Ali Abu Al-Shish, membro do Sindicato dos Arqueólogos Egípcios, que participou da abertura de quase uma dúzia de galerias na terça-feira, disse que a operação experimental do vasto museu é uma prova de que o Egito agora tem espaço para expor suas antiguidades, inclusive as que estavam sendo devolvidas por Estados e museus ocidentais.
É uma "mensagem importante de que podemos recuperar nossas antiguidades, que estão espalhadas por vários países do mundo", disse ele.
A turista russa Kseniia Muse, que estava visitando o local, disse: "Estamos muito felizes por estarmos aqui, por termos visitado essas belas esculturas... É muito moderno e, ao mesmo tempo, você pode tocar o antigo".
O turismo é uma importante fonte de receita em moeda estrangeira para o Egito. O governo vem tentando aumentar o número de turistas depois de enfrentar uma longa escassez de moeda estrangeira que foi exacerbada por choques externos.
Até o momento, as coleções mais famosas do Egito estão abrigadas no Museu Egípcio, na Praça Tahrir, no Cairo, que não foi modernizado nem renovado desde sua inauguração em 1902.
(Reportagem de Yazan Kalach e Sayed Sheasha)