As amigas da academia sempre combinavam de ir à Desi, mas Cami, uma paranaense do interior, única filha mulher entre nove irmãos, conta que sentia um misto de frio na barriga e medo de aceitar os convites. Quando finalmente resolveu dar uma chance à casa, gostou tanto que perdeu a saia comprida no meio do salão.
Cami conta que nunca mais quis frequentar baladas comuns. Até seus aniversários passaram a ser comemorados no swing —há cinco anos, ela "ferveu" com tanta intensidade que clientes começaram a perguntar por ela ao dono da Desi, que resolveu contratá-la como gogo girl.
Hoje, Cami é paga para transitar entre o pole dance e a pista, dando "match" entre as pessoas. Outros habitués se ligaram à casa. O chamado "casal tentação" passou por muitas casas de swing até encontrar a Desi, de onde nunca mais saiu. Ela é arquiteta e gosta de mulheres; ele é advogado e adepto do menáge feminino.
A dupla faz parte do grupo de WhatsApp "I Love Desi", que reúne mais de 50 casais apaixonados pelo que chamam de "melhor noite liberal da cidade". Fora das dependências do estabelecimento, eles combinam rolês ao motel e à praia juntos, ocasiões em que bebem, dançam com pouca roupa e se divertem —sem fazer sexo.
Em sua porção coach liberal, Maurício recomenda que os casais não cultivem namorados ou namoradas fixas no swing. Na sua visão experiente, se quiserem manter um casamento longevo e saudável, "figurinha repetida não completa álbum" e o que acontece na Desi deve ficar na Desi.
Serviço
Dias: quartas, sextas e sábados
Valores: R$ 150 para solteiros e R$ 100 para casais
Endereço: R. Brasílio Cuman, 2100, Butiatuvinha, Curitiba (PR)