Séries norte-americanas como "Todo Mundo Odeia o Chris", "Eu, a Patroa e as Crianças" e "Um Maluco no Pedaço" sempre fizeram um baita sucesso no Brasil, mas não costumamos ver produções audiovisuais criadas e protagonizadas por pessoas negras em nossas telas.
Isso, enfim, está mudando. Algo similar a movimentos como o Teatro Experimental Negro (1944-1961), de Abdias do Nascimento, e a criação do instituto Geledés, por Sueli Carneiro, em 1988, ainda em atividade, está acontecendo. E essas séries de sucesso são inspiração.
O objetivo é preencher mais uma lacuna, dessa vez no entretenimento, através da valorização da cultura e da memória afro-brasileira.
Splash conversou com idealizadores da Wolo TV, Lab Fantasma TV, Trace Brazuca e Afro TV, que identificaram essa brecha como oportunidade e a transformaram em negócio, em vez de disputarem espaço em meios já consolidados.
Outras plataformas como a Todesplay, da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (Apan) e a Afroflix (criada pela cineasta premiada Yasmin Thayná) também partem dessa mesma premissa de atender as exigências dos consumidores enquanto trazem novas perspectivas ao audiovisual.