Quando Bussunda morreu, sua filha Júlia tinha apenas 12 anos. Mas foi só quando estava começando o curso de cinema na PUC-RJ que decidiu procurar terapia: "Tenho ansiedade generalizada e, quando entrei na faculdade, estava tendo ataques quase todos os dias. Então minha mãe falou: eu não posso te ajudar em tudo, para algumas coisas nós precisamos de um profissional".
Hoje, aos 27 anos, Júlia Besserman segue na terapia, é mestre em roteiro pela Academia de Artes de São Francisco, Califórnia, e professora de storytelling do Colégio São Vicente de Paulo, no Rio. Já tentou escrever dramas, mas prefere as comédias. Com a sua estreia na direção, no quarto episódio da série "Meu Amigo Bussunda", no Globoplay desde o dia 17 de junho, vieram holofotes que ela não esperava:
Estou um pouco confusa com a situação toda, porque eu tinha 200 seguidores no Instagram e agora tenho 800. Estou tentando entender por que as pessoas acham que eu tenho algo de interessante para postar.
Para o documentário, Júlia precisou encarar memórias do pai que estavam bem guardadas, a discussão do politicamente correto no humor e a separação entre o Bussunda que ela conhecia e aquele que o Brasil enxergava.