Eram duas horas da manhã e todo mundo dançava ao som da DJ Laura Keller. Na pista, salpicada por beijos triplos, uma mulher põe a mão na saia de uma outra, enquanto um homem acaricia seus seios por trás.
Mais tarde, durante a apresentação de duas strippers, uma jovem de 22 anos rebolava de vestidinho, sem calcinha, em cima do bar, segurada pelo namorado, de 63, enquanto a mulher dele, de 44, conversava na varanda.
"Ele sempre traz a namorada, a rolinha dele, como carinhosamente a chamamos. Mas eu sou a esposa. E não pego ela, não. Gosto só de homem", avisa.
Em todo caso, se a coisa esquentar, 16 cabines reservadas, atrás do palco, garantem mais privacidade. Mas, naquela madrugada, a confraternização rolava mesmo na frente de todos. "A gente veio aqui mais para socializar", disse uma das frequentadoras da Pousada RioZin, o primeiro alojamento liberal da cidade do Rio de Janeiro, localizado na Barra da Tijuca, zona oeste.
O motivo da confraternização era o aniversário de 42 anos de um dos donos da pousada, Rodrigo, mas os frequentadores garantiram: "Aqui o bicho pega na madrugada, de fazer fila na jacuzzi e nas cabines pra transar", alertou um casado.
Esta é uma reportagem da série publicada pelo Aba Anônima contando o que rola nas casas de swing pelo Brasil.