Vice-presidente precisa recuperar audiência, renovar grade e manter legado do pai
O SBT entrou definitivamente num novo ciclo em sua história. Essa etapa começou há praticamente um ano, quando ocorreram algumas movimentações no Grupo Silvio Santos, mas ganha intensidade agora após a morte do maior apresentador da televisão brasileira.
No início do 2º semestre de 2023, Daniela Abravanel Beyruti assumiu a vice-presidência do SBT, cargo até então ocupado por José Roberto Maciel, o atual presidente do Grupo Silvio Santos. E, desde então, acompanhamos uma sequência de mudanças na grade, saídas de executivos e demissões de diretores e artistas.
Assim que assumiu o comando do SBT, Daniela mostrou a todos que chegava com um novo olhar e, principalmente, ritmo. Fernando Pelégio, com 43 anos de emissora e que respondia pela Direção Artística, foi o primeiro a sair. A filha número 3 de Silvio Santos reavaliou pilotos (episódios testes dos programas), recontratou Benjamin Back e ordenou a reforma da grade.
Alguns diretores da emissora enxergaram, então, um sinal muito claro de novo olhar para a programação. Em conversas informais longe da Anhanguera, lembram que as primeiras decisões foram no caminho contrário das últimas ações de Pelégio, que havia cortado Benja. A recontratação do apresentador foi rápida e colocou de lado uma possível volta do "Programa Livre", avaliada pela antiga gestão.
Em março deste ano, o público passou a assistir às suas novas apostas: "Chega Mais", "Tá na Hora", "César Filho", "Tudo É Nosso", "Lucas Toon", "Circo do Tiru" e "Sabadou com Virgínia Fonseca". O programa de Lucas Guimarães ficou de fora, apesar da promessa de que em algum momento entrará no ar.
Ao mesmo tempo, os SBTistas viram Raul Gil ser encostado, Bela Milano sair, Chris Flores não voltar pro ar, Eliana mudar para a Globo e até Christina Rocha se despedir da tela da emissora em que trabalhou por muitos anos.