A princesa de York e o então príncipe da Dinamarca e da Grécia se conheceram em 1934, no casamento de uma prima de Philip, quando Elizabeth ainda era criança e seu futuro marido acabava de entrar na puberdade.
Primos distantes (ambos eram trinetos da rainha Vitória), os dois se encontrariam ainda esporadicamente ao longo dos anos em ocasiões promovidas por conhecidos em comum.
A reunião definitiva se deu em 1939, quando o rei George 6º e a Rainha-mãe resolveram levar as filhas em visita oficial ao Royal Naval College, instituição de formação de oficiais da Marinha Britânica. Lord Louis Mountbatten, tio de Philip e oficial de alta patente, deveria acompanhar suas Majestades.
Para então fazer companhia às princesas Elizabeth e Margaret, ele sugeriria seu sobrinho, que começava o serviço militar. Na época, a futura rainha ainda tinha 13; o príncipe acabava de completar 18.
A partir daquele encontro, os dois passaram a trocar cartas carinhosas. Também segundo o biógrafo Gyles Brandreth, autor de "Philip and Elizabeth: Portrait of a Marriage", o futuro casal se apaixonou naquele mesmo verão. Em outro, sete anos mais tarde, o príncipe pediu a mão da princesa em casamento.
Casamentos reais tinham que ser, em primeiro lugar, convenientes. A família do noivo era o oposto: a mãe lutava contra a esquizofrenia, as irmãs estavam casadas com oficiais nazistas, o pai era ausente e sua casa real havia se tornado obsoleta. Ainda assim, Elizabeth se fez ouvir, antes mesmo de assumir o trono. O rei George concordou com o matrimônio, mas fez Philip esperar um ano pela mão de sua filha. Elizabeth ainda tinha 20 anos e, de acordo com a vontade do pai, só poderia ficar noiva aos 21.
O casamento dos dois, no entanto, era dado como certo já cinco anos antes. Em 1941, sir Henry Channon, famoso político conservador britânico, escreveu que "Philip será nosso príncipe consorte". Em 9 de julho de 1947, o anúncio oficial foi feito e o noivo ofereceu a ela um anel de diamantes de 3 quilates, com uma pedra central e 10 diamantes menores ao redor, que pertenceram a uma tiara da mãe do príncipe, a princesa Alice de Battenberg.
Nas semanas que antecederam a união, o príncipe abandonou seus títulos na Dinamarca e Grécia, além de oficialmente deixar a Igreja Ortodoxa Grega e se converter ao Anglicanismo, religião que já praticava desde a mudança para o Reino Unido. O casal subiu ao altar em 20 de novembro de 1947, na Abadia de Westminster, em cerimônia assistida por 200 milhões de pessoas no mundo todo.
Da união que veio a durar 73 anos e lhes deu quatro filhos, Philip saiu duque de Edimburgo, Conde de Merioneth e Barão Greenwich. Já a herdeira do trono se tornou, naquele momento, Princesa Elizabeth, duquesa de Edimburgo. Durante os primeiros anos, estabeleceram residência oficial na Clarence House, em Londres, mas se dividiram entre a Inglaterra e Malta, onde Philip servia a Marinha Britânica.