PRA SEMPRE NA MEMÓRIA

Peladão no palco, ovos contra Ney: relembre curiosidades e melhores shows do Rock in Rio de 1985 a 2022

Alexande de Melo Colaboração para Splash, em São Paulo Dave Hogan/Getty Images

Maior festival de música do Brasil, o Rock in Rio 2024 acontece entre os dias 13 e 22 de setembro na Cidade do Rock, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Para celebrar os 40 anos do festival, o RiR terá um espaço chamado "Rota 85". Trata-se de uma "viagem no tempo" para a primeira edição do festival com direito a exemplares de tênis sujo de lama e até uma capela onde serão celebrados casamentos dentro da Cidade do Rock.

A nostalgia se justifica, afinal, o festival é repleto de lendas. A seguir, apresentamos algumas das maiores curiosidades e polêmicas do festival nas quatro décadas que reuniram diversas tribos. Além disso, Luiz Felipe Carneiro, autor do livro Rock in Rio: A História — Bastidores, Segredos, Shows e Loucuras que Marcaram o Maior Festival do Mundo lista os shows que são considerados os mais importantes em cada edição.

Benami Neumann/Gamma-Rapho
Ambulantes vendem camisetas e adesivos de bandas de rock em 1985

'Se a vida começasse agora...'

Um sonho precisa de tempo e muito trabalho para se tornar concreto e com o Rock in Rio não foi diferente. O publicitário Roberto Medina já tinha a experiência de ter realizado os shows de Barry White, Julio Iglesias e ninguém menos que Frank Sinatra, no Maracanã, em 1980. No entanto, só depois que a cervejaria Brahma procurou Medina para lançar a nova Malt 90, a sua agência Artplan conseguiu viabilizar o festival que colocaria definitivamente o Brasil no itinerário dos maiores shows do mundo.

'Disneylândia do Rock'

O apelido de 'Disneylândia do Rock' dado ao Rock in Rio pelo guitarrista Pepeu Gomes é justo: o festival é tema de teatro musical, livro, documentário e deu origem a cerca de 50 produtos. Em sua 23° edição contando com os festivais em Lisboa, Portugal, Madrid, na Espanha, e Las Vegas, Estados Unidos.

Benami Neumann/Gamma-Rapho
Policiais femininas fazem a ronda no primeiro Rock in Rio, em 1985

1985

Chiqueiro de lama

A primeira edição do festival foi realizada na Cidade do Rock, em Jacarepaguá (RJ), com 31 atrações. Entre os dias 11 e 20 de janeiro daquele ano, o Rio de Janeiro sofreu com fortes chuvas.

Roberto Medina teve medo que as condições do clima estragassem a festa. "Eu me lembro que no dia que começou a lama, eu falei assim: 'Eu vou sair mais cedo porque esse pessoal deve estar me odiando com esse lamaçal?. Quando eu saí de lá, tinha uma família que você só via os olhos e os dedos. Os caras me abraçaram e falaram, 'Ah, você criou o maior chiqueiro do mundo, você é um gênio'. Eu, então, falei: 'Eu acho que eles estão gostando'", contou o publicitário em um painel do Rio2C, em 2022.

Benami Neumann/Gamma-Rapho
Ney Matogrosso em 1985, quando abriu a primeira edição do Rock in Rio

Ovos cozidos

Ney Matogrosso abriu o RiR com um show vigoroso, mas a tarefa não foi fácil já que havia uma maioria de fãs interessados apenas no rock estrangeiro de artistas como Whitesnake, Ozzy Osbourne, Iron Maiden, AC/DC e Queen.

O cantor lembra da "recepção calorosa" que teve na série "Rock in Rio - A História", disponível no Globoplay. "Quando eu comecei a cantar, as pessoas começaram a me jogar ovos cozidos. E eu chutava de volta, sabe? Porque eu não vou levar desaforo", conta o desbravador que abriu caminho para os shows de outros brasileiros: GIlberto Gil, Erasmo Carlos, Alceu Valença, Elba Ramalho, Ivan Lins, Rita Lee, Lulu Santos, Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Moraes Moreira, Kid Abelha.

Divulgação Star+
Show dos Paralams do Sucesso no Rock in Rio 1985

"Brasil Novo"

O Barão Vermelho com Cazuza celebrou a eleição de Tancredo Neves via voto indireto do colégio eleitoral e começo do fim da ditadura. O momento do país e a fala do poeta reforçaram a sensação de evento lendário.

Já os "novatos" Paralamas do Sucesso fizeram um show histórico que lançou o grupo ao estrelato. O vocalista Herbert Vianna discursou em defesa dos artistas brasileiros que foram hostilizados pelo público.

A plateia aplaudiu a bronca e adorou o show enérgico do grupo que apresentou uma serie de hits, especialmente do álbum "Passo do Lui". Como o convite para a apresentação veio em cima da hora, o cenário do palco teve apenas um vaso com uma planta que estava no camarim.

Barão Vermelho - 1985

Benami Neumann/Gamma-Rapho
Iron Maiden no Rock in Rio 1985

Dando o sangue para o metal

A lenda da voz, Bruce Dickinson, do Iron Maiden, e Rudolf Schenker, guitarrista dos Scorpions, se feriram com guitarras durante os shows. Schenker levou três pontos no supercílio.

Frederico Mendes/Images/Getty Images Show da banda alemã Scorpions em 1985

Show da banda alemã Scorpions em 1985

Frederico Mendes/Getty Images
O show do Queen no Rock in Rio

Show épico: Queen rege o maior coro do mundo

Os integrantes do Queen não estavam em seus melhores dias de companheirismo e exigiram camarins separados. Inclusive, Freddie Mercury estranhou e impediu a movimentação de outros artistas perto dele.

Mesmo assim, o grupo britânico fez um dos maiores shows da história do rock para um público de 300 mil pessoas. No setlist, sucessos absolutos como "Bohemian Rhapsody", "We Will Rock You", "We Are the Champions" e "I Want to Break Free".

"Até hoje, quando citam Rock in Rio, inclusive lá fora, eu acho que a primeira imagem que vem à mente é aquela do Freddie regendo o coro de vozes da plateia durante "Love of My Life", explica Carneiro sobre o show que é sempre reverenciado na edição de 1985.

Queen - 1985

Kevin Mazur/WireImage
Axl Rose e Slash, do Guns N' Roses, no Rock in Rio 1991

1991

Maracanã

Em 1991, o governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, pediu a demolição da Cidade do Rock e, por isso, a segunda edição do RiR foi feita no estádio do Maracanã, com gramado adaptado e presença de público nas arquibancadas. O A-Ha abriu o festival para um público recorde de 198 mil pessoas.

'Repararam na bunda do Axl?'

Pedro Bial apresentou a transmissão na TV Globo. Em uma época sem internet disponível, Bial se tornou assunto de bar, especialmente de homofóbicos, por chamar a atenção dos telespectadores para o traseiro do Axl Rose, vocalista do Guns N' Roses.

Show mais curto da história do RiR

Lobão foi hostilizado pelos fãs das bandas de heavy metal Megadeth e Judas Priest. Após rápidos 6 minutos dos quais tocou "Vida Louca Vida" e um trecho de "Canos Silenciosos", abandonou o palco.

Kevin Mazur/Getty Images
Prince no Rock in Rio 1991

Mixaria para showzão

Prince e George Michael faturaram os maiores cachês recebendo US$ 1,5 milhão. Já o Faith No More se apresentou após a indicação do Guns N' Roses e cobrou apenas US$ 20 mil e fez um dos melhores shows da edição.

Show épico: Guns N' Roses e pedradas inéditas

Com videoclipes bombando na MTV, o Guns N' Roses era de longe o show mais aguardado. Apesar de chiliques e exigências como não querer tocar no mesmo festival que o Poison, a banda não decepcionou tocando o álbum "Appetite for Destruction" e músicas ainda inéditas do "Use Your Illusion". "Naquele momento trazer o Guns que não estava em turnê foi uma grande sacada do Roberto Medina", diz Carneiro.

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O peladão do Rock in Rio 2001, Nick Oliveri, do Queens of the Stone Age

2001

Festival de Nudes

Após 10 anos, o festival voltou à Cidade do Rock na terceira edição. Cássia Eller deixou o público de boca aberta quando mostrou os seios em um show ousado e vibrante.

Além dela, o baixista do Queens of the Stone Age, Nick Olivieri, tocou inteiramente nu. No final do show do QOTSA, Olivieri foi preso por "ato obsceno", mas foi solto na mesma noite.

Chuva de garrafadas

Carlinhos Brown enfrentou a fúria dos roqueiros apenas porque se apresentou na mesma noite do Guns N' Roses, Oasis e Papa Roach. Enquanto a banda tocava o hit "A Namorada", Carlinhos Brown recebeu uma "chuva" de garrafas plásticas e vaias.

"Eu só jogo amor, não jogo nada em ninguém. Podem jogar o que vocês quiserem porque eu sou da paz e nada me atinge", disse Brown para tentar se defender.

Mick Hutson/Redferns
Britney Spears fez show polêmico em 2001

Boicote brazuca

O Rappa brigou com a organização do festival depois que o horário combinado da apresentação foi alterado. Por isso, a banda carioca de reggae rock liderou um boicote ao RiR com mais cinco bandas solidárias que deixaram de se apresentar na edição: Charlie Brown Jr, Raimundos, Cidade Negra, Skank e Jota Quest.

Vamô pulá!

Na noite teen com 250 mil pessoas, mesmo com os shows de 'NSYNC e Britney Spears (vaiada por excesso de playback e por ostentar a bandeira dos Estados Unidos), quem contagiou a plateia mesmo foi a dupla Sandy & Júnior. Até então, inclusive, os filhos de Xororó eram o mais perto que a música sertaneja esteve do RiR.

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R.E.M. fez show em 2001

Show épico: R.E.M.

Em uma noite especial, que ainda teve Foo Fighters, Fernando Abreu, Barão Vermelho e Beck, o headliner R.E.M. mostrou porque sempre foi uma banda querida no Brasil. Carneiro destaca: "o vocalista Michael Stipe estava muito feliz, bebeu caipirinha no palco, e a banda teve a oportunidade de fazer um show só de sucessos."

Reprodução YouTube
Claudia Leitte voa no Rock in Rio 2011

2011

De ponta cabeça

Claudia Leitte tentou encerrar o seu show em uma tirolesa de 15 metros, mas acabou ficando de cabeça para baixo e, depois, em loop giratório no equipamento. Apesar do show que cativou o público e musicalmente bem executado, o problema da tirolesa é um dos vídeos virais mais marcantes da história do festival.

Recorde

O show do Metallica teve transmissão ao vivo pelo YouTube e bateu o recorde de 3 milhões de espectadores em mais de 200 países. Essa marca durou anos.

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O primeiro Rock in Rio de Katy Perry, em 2011

Dia de rock, bebê

A atriz Christiane Torloni estava muito "alegre" durante uma entrevista concedida à Dani Monteiro, no Multishow. Quando foi questionada se ela dançou no show da Katy Perry, que tinha acabado de se apresentar, Torloni disse a jocosa frase "hoje é dia de rock, bebê", que se tornou um meme instantâneo. A atriz tentou justificar que estava se divertindo nas atrações pop, mas veio muito especialmente no RiR para ver o show do Elton John e que ela frequenta as arenas de rock habitualmente.

Show épico: Paralamas & Titãs

Após alguns anos de RiR em Lisboa, o festival voltava para o Rio. O show conjunto dos Paralamas do Sucesso e Titãs marcava o encontro das bandas nacionais que marcaram os festivais de 1985 e 1991, respectivamente. "Foi emocionante. Me lembro que os telões passaram o João Barone, o baterista dos Paralamas, tocando a introdução de 'Óculos', com as imagens e o som de 1985. Aí, de repente, o telão apagou, e entra o Barone no mesmo compasso fazendo uma ponte", lembra Carneiro.

Buda Mendes/Getty Images
Queen Bee no Rock in Rio 2013

2013

Queen B no 'Passinho do Volante'

Beyoncé surpreendeu a todos dançando o hit "Passinho do Volante" da Furação 2000 e Os Leleks. Bey ajudou a quebrar paradigmas.

'Zépultura'

Para acabar de vez com a resistência dos "metaleiros" com artistas da MPB, nesta edição o Sepultura dividiu o palco com Zé Ramalho. "Admirável Mundo Novo" fez muito sentido com o peso da guitarra de Andreas Kisser.

Buda Mendes/Getty Images
Bruce Springsteen abraçou o público no Rock in Rio 2013

Show épico: o chefe Bruce Springsteen

"Eu acredito que foi o maior show da história do Rock in Rio junto do Queen, em 1985", afirma o biógrafo do festival.

Luiz Felipe Carneiro argumenta que ter tocado o álbum mais conhecido no Brasil, o "Born the USA", na íntegra, já seria motivo de conquistar a plateia.

No entanto, o "the boss" ainda aprendeu a cantar em português a música "Sociedade Alternativa", do Raul Seixas, e fez um show enérgico e catártico com três horas de duração.

Alexandre Loureiro/Getty Images

2015

Perucas

Na edição que comemorou 30 anos do festival, o pop esteve presente nos shows de Rihanna, criticada na internet por cantar apenas um pouco em cada música, e Katy Perry, que se apresentou em um palco colorido, com muitas trocas de roupas e perucas, além de arriscar algumas palavras aleatórias com o público.

Tombão no more

Vestidos todos de branco em um visual meio "Ano Novo", os integrantes do Faith no More voltaram ao Rock in Rio e levaram um susto: o vocalista Mike Patton saltou no público, o chamado mosh do rock, mas caiu no fosso. Apesar da preocupação geral, ele não se machucou e seguiu com o show.

Mais quedas e... Vasco?

Quem caiu no show do Metallica foi o som: duas falhas interromperam a apresentação. Apesar disso, o show foi vigoroso. Na internet, o público brasileiro tirou sarro e disse que a queda aconteceu porque o cantor James Hetfield tinha uma cruz de malta na guitarra, ou seja, o símbolo do Vasco da Gama.

Raphael Dias/Getty Images

Show épico: Las Vegas de Elton John e o Rod Stewart

"Eu poderia citar o show do Queen com Adam Lambert, que encerrou a primeira noite. Mas a Cidade do Rock se tornou Las Vegas em uma noite com dois headliners: Elton John e o Rod Stewart", conta Carneiro

"Os dois tinham o costume de fazer longas temporadas em Las Vegas. E foi muito especial para aquele público mais antigo, que acompanha o Rock in Rio desde 1985, ver os dois no palco", conclui o biógrafo.

Divulgação
Show da banda inglesa The Who no Rock in Rio 2017

2017

Aumenta que é rock

A potência sonora do Rock in Rio 2017 foi de 1 milhão de watts, o que o tornou o maior sistema sonoro já montado em todo o mundo.

Brazil, I'm devastated

Lady Gaga deixou órfãos os seus fãs little monsters, em 2017. Ela cancelou sua participação após uma crise de fibromialgia, doença que causa dores em diversas partes do corpo, alterações na memória, sono e humor. A mensagem no X, antigo Twitter, "Brazil, I'm devastated", virou meme.

Show épico: The Who

Desejo antigo do festival, o The Who finalmente teve espaço na agenda para tocar no Brasil em 2017. Não bastou tocar os clássicos dos álbuns "Quadrophenia" e "Tommy". A banda emocionou o público também com Zak Starkey, filho do beatle Ringo Starr, assumindo a bateria do grupo.

"Zak é afilhado do falecido baterista do The Who, o Keith Moon. Era a única pessoa que poderia substituir. Por isso, o show do The Who está na galeria dos momentos históricos do RiR", defende Carneiro.

Alexandre Schneider/Getty Images
Anitta no Rock in Rio 2019

2019

"A galera está pedindo Anitta"

Titi Müller e Di Ferrero apresentavam a cobertura do Multishow e aguardavam o show de Anitta. No meio da transmissão, o público começou a gritar "ei, Bolsonaro, vai tomar no c*". A apresentadora deu um jeito de mostrar os gritos para os telespectadores dizendo que a galera está "pedindo Anitta demais".

'Funk in Rio'

Apesar de ser muito pedida pelo público, Anitta não foi convidada para a edição de 2017. Já em 2019, atração do Palco Mundo, Anitta exaltou o funk e enfileirou hits de seu repertório mais antigo, especialmente as canções em português. A carioca esvaziou os demais ambientes da Cidade do Rock enquanto se apresentava.

Mil banheiros

Em eventos deste porte, o mais comum é ter banheiro químico. Nesta edição, a enorme quantidade de banheiros comuns chamou a atenção.

Com música e além da música

A edição contou com muitas novidades como ambientes imersivos, projeções, área game, espetáculos sobre sustentabilidade e pistas para dançar até às quatro da manhã.

Mick Hutson/Redferns
A apresentação de 2019 do Iron Maiden no Rock in Rio

Show épico: Iron Maiden

Luiz Felipe Carneiro elege o vibrante show da "donzela de ferro" e a noite do metal com Sepultura, Halloween e Scorpions o ponto alto da edição.

"Show super performático do Bruce Dickinson com direito a avião no palco", diz.

Buda Mendes/Getty Images
Chis Martin do Coldplay no Rock in Rio 2022

2022

Rock big Rio

O RiR cresceu e hoje tem números gigantes. Em sete dias, a edição 2022 do festival teve a circulação de mais de 700 mil pessoas para acompanhar 300 shows. Foram mais de três mil pessoas trabalhando na produção de oito palcos, 500 voos para deslocamento de artistas e 40 mil credenciais emitidas. A estimativa é que o evento teve o impacto econômico de mais de 2 bilhões de reais.

Quem não gosta de samba, bom sujeito não é?

A edição deu um passo além para estimular as misturas de estilos musicais com a estreia do pagode no Espaço Favela com Ferrugem e Thiaguinho.

Perrengues

O crescimento do festival como um todo está exigindo mais da organização. Em 2022, os postos para o registro on-line de ocorrências ficaram lotados, por exemplo.

Show épico: a tempestade do Coldplay

"O Coldplay fez o impossível para manter o público eufórico e dominado, apesar de estar absolutamente encharcado", relembra Carneiro. O escritor pondera ainda que o vocalista Chris Martin ficou muito doente depois desse show e cancelou diversas datas da turnê.

"É aquele show colorido com as pulseiras que brilham, tem fogos de artifício, os muitos sucessos. Hoje, o Coldplay é uma das bandas que melhor representa o espírito Rock in Rio."

Rock in Rio 2024

Quando: dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro
Onde: Cidade do Rock
Quanto: R$ 397,50 (meia), R$ 675,75 (benefício Itaú 15%) e R$ 795 (inteira)
Classificação: 16 anos
Ingressos à venda pelo site da Ticketmaster.

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