De Splash, em São Paulo
Os 70 anos da TV brasileira nos dão uma certeza:
No dia a dia, um bom amante do esporte acaba usando bordões de Cléber Machado, Caio Ribeiro e do craque Neto. E quem nunca comemorou algo gritando "É tetra" como Galvão Bueno?
E como a gente poderia esquecer do dia em que o Neto surtou na Band, ao vivo, por causa de pão? Ou melhor, por causa de...
PÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!
Ele estava bem irritado com o desempenho do Corinthians, fez um desabafo explosivo na Band e criou uma legião de pessoas que gritam pããão!!!!!!!! de vez em quando.
Hoje não! Hoje não! (...) Hoje sim, hoje sim!
O brasileiro não supera seus memes. As palavras acima foram ditas por Cléber Machado em 2002, enquanto narrava a Fórmula 1, mas ele conta que até hoje as pessoas o veem na rua e saem gritando isso.
Ou seja, há 18 anos é "hoje sim, hoje sim, hoje sim".
Os narradores são carinhosos com o telespectador, mas do lado "boleiro" já teve gente que apontou o dedo na cara da TV e fez todo o mundo pagar a própria língua.
Sim, estamos falando do que Zagallo fez em 1997 com o famoso:
Vocês vão ter que me engolir!
Em 2016, depois de ganhar o tão sonhado ouro olímpico com a seleção brasileira, Neymar (que vinha sendo muito criticado, até por Galvão) viu a câmera da Globo e não pensou duas vezes antes de "fazer o Zagallo" e dar um tapa na nossa cara.
A frase "Lá vem eles de noooooovo", de Galvão Bueno, pode dar calafrios em quem já tinha idade para entender o que estava acontecendo em 8 de julho de 2014: o 7 a 1.
Ah, o 7 a 1... Nosso grande trauma coletivo. A dor que une este país.
Mas quem nos fez chorar mesmo (e sorrir com carinho) foi Clóvis Acosta Fernandes, o "Gaúcho da Copa" que foi filmado abraçando uma réplica da taça.
Os alemães nos deixaram magoados, humilhados na nossa própria casa.
E Caio Ribeiro poderia xingá-los como ninguém! Dá para imaginar:
Ô, Klose, você é um bananão!