Advance Wars Dual Strike
Agora, é a vez do Nintendo DS receber o seu capítulo exclusivo, intitulado "Advance Wars: Dual Strike", que mantém a fórmula que consagrou o original sem deixar de aproveitar os recursos do portátil, principalmente a tela sensível ao toque, que abriu espaço para inovações bacanas.
Convenhamos que enredo nunca foi mesmo o forte de "Advance Wars". Em "Dual Strike", não é muito diferente: meses se passaram desde a guerra em Micro Land, que Andy, Nell e outros comandantes conseguiram vencer, ao derrotar o exército Black Hole. Porém, pra variar os bandidos voltaram com força total, lançando uma grande invasão ao continente de Omega Land e sob o comando de um novo líder. Para combatê-lo, Orange Star, Blue Moon, Green Earth e Yellow Comet juntaram forças, dando origem a Allied Nations.
Pequenas grandes batalhas
A primeira impressão que se tem ao jogar "Advance Wars: Dual Strike", mesmo que seja sua primeira incursão pela série, é que o jogo e o console foram feitos um para o outro. A caneta Stylus praticamente desempenha a função de um mouse, guiando o cursor com o qual se executa os comandos. É possível utilizar os direcionais e botões do console, mas a tela interativa é tão bem explorada, que você acaba optando por ela.
Os dois novos protagonistas, Jake e Rachael, conduzem a campanha principal, cujas primeiras missões, que funcionam com uma espécie de tutorial, podem soar fáceis demais para os fãs experientes de "Advance Wars", uma vez que a fórmula é a mesma: através de um mapa tático, aliste e conduza suas unidades por terra, mar e ar, para a vitória, derrotando o oponente ou conquistando o seu quartel-general.
Todas as unidades já conhecidas de "Advance Wars" estão presentes em "Dual Strike", que ainda traz algumas inéditas. Entre as já conhecidas unidades de infantaria, tanques, e navios do original, você poderá se divertir pela primeira vez com o megatank, que, como o próprio nome dá a entender, é realmente bastante poderoso. E este é apenas um dos estreantes do jogo.
Como de costume, cada unidade, por melhor que seja, também tem as suas fraquezas, e o grande segredo do jogo continua sendo conciliar os prós e contras de cada uma dentro do campo de batalha. Os comandantes também têm suas especialidades e fraquezas, além de dois superpoderes únicos, que o jogador pode utilizar em determinados momentos do game e, dependendo da situação, mudar a sorte da disputa.
Aliás, o nome "Dual Strike" não é somente um trocadilho com as iniciais do portátil da Nintendo (DS): nas novas batalhas do jogo, dois comandantes podem ser usados de maneira alternada, a cada turno. Ao unir os superpoderes de ambos, têm-se o devastador ataque que dá nome ao jogo. Conforme o jogador vence os combates, seus comandantes adquirem pontos de experiência, que lhes dão acesso a novas habilidades. Progredindo nas missões, novos extras, como mapas, por exemplo, também são liberados.
As duas telas do portátil ajudam a visualizar melhor o andamento das batalhas. A superior mostra dados sobre o terreno, unidades etc, enquanto a ação ocorre na tela inferior. Nas batalhas "dual screen battles", a ação se desenrola em dois mapas diferentes (porém, interligados), cada um visualizado em uma tela distinta, outra novidade sob medida para o portátil.
Além da campanha, "Advance Wars: Dual Strike" traz ainda os modos "War Room", para partidas individuais e configuráveis contra o computador; "Versus", que comporta até quatro jogadores em um mesmo DS; no "Survival", joga-se com condições de vitória distintas (dinheiro, turno ou tempo); e, finalmente, em "Combat", as batalhas acontecem em tempo real, mais focadas na ação, com poucas unidades. E, obviamente, o game faz uso completo da capacidade multiplayer do portátil, em batalhas sem fio que comportam de dois a oito participantes, de acordo com a modalidade selecionada.
Simplificar para divertir
Visualmente falando, "Advance Wars: Dual Strike" não é muito diferente de seus antecessores. Isso é ruim? De jeito nenhum, afinal, em um tipo de jogo como esse, os gráficos contam muito pouco, já que o enfoque mesmo está na inteligência e no raciocínio. De qualquer maneira, tantos os gráficos quanto a trilha sonora permanecem para lá de "simpáticos", mas atuando apenas como coadjuvante do mais importante: a jogabilidade.
Nesse ponto, o game cumpre sua missão com louvor: são toneladas e toneladas de missões e modos de jogo, embaladas por uma inteligência artificial surpreendente que explora todas as variáveis possíveis - inclusive as diferentes condições climáticas e possibilidades de camuflagem dos mapas.
Nota: 9 (Excelente)
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