Crysis
Beca invocada
Gráficos e física |
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Ao longo da campanha single-player, que dura entre 10 e 15 horas, a trama é contextualizada freqüentemente, através de animações que utilizam a própria tecnologia gráfica do jogo, a CryENGINE 2. Os diálogos com outros personagens e a comunicação via rádio mantêm você atualizado sobre as missões. Ou seja, não é um daqueles jogos que impõem objetivos que você nunca sabe exatamente porque deve cumprir.
A Nanosuit, traje utilizado pelas forças dos Estados Unidos, é o grande trunfo para sobreviver à paradisíaca ilha que serve de cenário para a ação. Além da barra de energia convencional, há uma segunda, que permite utilizar quatro poderes especiais: Speed, que multiplica a velocidade do protagonista; Strength duplica a força e aumenta a altura dos saltos; já Armor reforça a capacidade de defesa da armadura; com Cloak, é possível passar alguns instantes despercebido aos olhos inimigos.
Graças ao traje, que brilha de um jeito invocado quando utilizado, os freqüentes tiroteios adquirem teor estratégico. E aberto, afinal, você fica à vontade para escolher qual poder empregar e quando fazê-lo, pesando prós e contras. No caso do Cloak, por exemplo, um disparo revela a sua posição e movimentar-se faz gastar energia mais rapidamente - as energias de vida e da Nanosuit regeneram-se automaticamente. Em último caso, se o jogador é um "purista", pode simplesmente não usar os poderes, a não ser quando for indispensável.
Coreanos e aliens inteligentes
Nos mesmos moldes de "Far Cry", o jogo se passa em enormes paisagens abertas e, embora siga um esquema linear de missões, normalmente proporciona certa liberdade para cumpri-las. Quando for necessário infiltrar-se em um acampamento coreano, você pode chegar chegando, atirando em tudo e todos, ou optar por tentar despercebido. Aos mais audaciosos, o limite é a imaginação: que tal seqüestrar um veículo adversário e tentar passar pelas barreiras inimigas com uma tática suicida? Pode até não ser viável, mas ao menos é permitido.
A inteligência artificial funciona bem: quando o vêem, os coreanos falam entre si o tempo todo, coordenando táticas para tentar flanqueá-lo, não apenas mantendo-o sob uma chuva de balas, mas atirando granadas para forçar você a sair da cobertura. Em geral, o desafio é satisfatório, mas o melhor está reservado para o nível de dificuldade Delta, que é o mais extremo; os coreanos falam em coreano (e não em inglês), a trajetória das granadas adversárias não é exibida e a energia do Nanosuit é mais limitada. Enfim, um desafio e tanto para quem gosta de testar os próprios limites.
Demonstração do multiplayer |
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Todas estas alternativas táticas, somadas à possibilidade de utilizar veículos dos coreanos e às lutas com alienígenas, que mudam um pouco o jeito de jogar, criam uma experiência que, se não é divisora de águas, envolve facilmente quem está do outro lado da tela, sem deixar a bola cair pelas gratificantes horas da campanha single-player.
Enquanto não chega o pacote de expansão, você vai ficar bastante ocupado com o multiplayer para até 32 jogadores, que saiu melhor que a encomenda, graças à modalidade Power Struggle, cujo objetivo é destruir a base adversária. Há diversas estruturas que podem ser capturadas e, uma vez sob domínio da equipe, abastecem-na com recursos, que servem para adquirir veículos, por exemplo. É um esquema tático que, somado aos recursos da Nanosuit, bem como outras características, fica ainda mais interessante.
O preço da CryENGINE 2
Visual não é tudo, mas é impossível não ficar de queixo caído com os gráficos de "Crysis", que deixa qualquer concorrente para trás. Mais importante que agradar aos olhos é ver que, na prática, tanto requinte tem uma função importante no jogo: derrubar uma árvore, por exemplo, é engraçado, mas quando você percebe que é possível matar um coreano com isso, faz mais sentido. O mesmo vale para derrubar uma das construções inimigas com desafortunados dentro.
Recursos da CryENGINE 2 |
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Em compensação, diferentemente de "Far Cry", "Crysis está muito bem otimizado, o que garante um visual bacana mesmo em configurações mais modestas. É preciso, no entanto, acostumar-se ao famigerado "pop in", ou seja, elementos do cenário que vão surgindo conforme você se aproxima deles.
A tecnologia da CryENGINE 2 é um assunto para muitas linhas de texto, mas, neste caso, uma imagem vale mais do que mil palavras: só rodando o jogo para saber, de fato, o que isso representa.
Nota: 8 (Ótimo)
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