Uncharted: Drake's Fortune
Só falta a pipoca
Seqüências de ação |
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Típico aventureiro de espírito inconseqüente, Nathan está em busca do tesouro perdido com a nobre intenção de restabelecer o legado da família - e, de quebra, ficar bastante rico. Ao seu lado, ele tem o encrenqueiro Sully, além de Elena, uma repórter de TV de personalidade forte. Sim, a trama tem um clichê aqui e outro acolá, mas quem liga? Tudo está dentro do script e faz parte do show. Jogar é como participar de um filme, entre inúmeros tiroteios e enigmas simples, a maioria ambientada em uma das mais lindas florestas já vistas em um game, além de outros cenários, como antigas ruínas.
Aliás, a Naughty Dog mostra que alcançou um nível de excelência técnica formidável, não apenas pela verossímil vegetação, sem falar nos riachos, cachoeiras, pedras, na luz do sol passando entre as folhas ou mesmo na fauna local. Não bastasse tanto, as animações do protagonista são de uma fluidez e naturalidade que de tão avançadas soam extremamente naturais. Para completar, a condução da aventura, nos ângulos escolhidos pela câmera, dá a sensação de participar efetivamente de um filme.
Lara Croft? Que nada
De vez em quando, "Uncharted: Drake's Fortune" se repete um pouco além da conta, principalmente nas cenas de tiroteio - que são também as partes mais desafiadoras da aventura. Cansa voltar ao último checkpoint com freqüência, já que Nathan não consegue suportar muitos tiros (ponto para o realismo), ao contrário de seus inimigos, que além de tudo têm uma mira razoável e sabem pensar, flanqueando o protagonista com freqüência.
Existe também a possibilidade de travar lutas no braço com os capangas - que são mercenários atrás do mesmo tesouro -, mas, nas partes mais avançadas, quando há muitos deles para dar conta, é difícil até mesmo se aproximar. Melhor ficar com o arsenal, formado por pistola, escopeta, granadas etc. Nada muito vasto, mas de ótimo tamanho.
Com o Jet-Ski |
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Sem dever muita coisa para Lara Croft, Nathan algumas faz acrobacias para conseguir alcançar lugares aparentemente inatingíveis. A melhor parte é que quase tudo se limita ao botão de salto, o X, o que significa que você não precisa decorar mil tipos de peripécias para chegar a uma determinada plataforma, por exemplo. Melhor assim, né Eidos?
Tudo é muito plástico, tão refinado que você, em certos momentos, consegue até mesmo identificar diferentes expressões no rosto do personagem, graças ao avançado trabalho de animação facial. É um daqueles games que dá a sensação de estar jogando uma CG (seqüência de animação). Ao mesmo tempo, tanta complexidade técnica é contrabalanceada com uma fórmula de fácil acesso, linear e sem grandes surpresas, acessível para qualquer perfil de jogador.
Acabou?
Como curta aventura single-player que é, a pior parte de "Uncharted: Drake's Fortune" é saber que, em duas ou três partidas bem jogadas, o game acaba. Para aumentar o replay, não existe nada além de alguns itens espalhados pelos cenários, que destravam um sem número de extras. É divertido buscá-los, mas é provável que você volte a jogar "Uncharted", se o fizer, pelo simples prazer de repetir a dose.
Nota: 8 (Ótimo)
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