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SOCOM Confrontation

03/11/2008 16h40

"Fallen" é ideal para emboscar
A franquia "SOCOM" foi emblemática para a Sony durante o reinado de seu Playstation 2 para provar que seu console também era capaz de fazer bonito no segmento online, que a Microsoft vinha desbravando com a LIVE em seu Xbox original. Hoje, ainda mantém muitos fãs e era de se esperar que a série voltasse com tudo, ainda mais agora que a gigante japonesa oferece um sistema de jogatina online centralizado através da Playstation Network, o que seria perfeito para fazer frente a "Halo", "Gears of War" e outros populares jogos de tiro da rival.

Estranhamente não foi o que aconteceu. A Sony acabou colocando "SOCOM: Confrontation", o novo jogo da série, o primeiro para Playstation 3, nas mãos da novata Slant Six Games, deixando a produtora original Zipper Interactive livre para outros projetos mais ambiciosos. E há de se esperar que tais projetos sejam realmente sensacionais, pois o que se vê agora, neste novo episódio da tradicional franquia, é um produto extremamente embaraçoso e indigno do nome que carrega - ao menos por enquanto.

Dinamismo em ação

O grande trunfo de "SOCOM" sempre foi seu ritmo ágil, seu dinamismo na ação.Dois times se enfrentam em várias modalidades, mas a grande constante é o medo de morrer e ter que esperar um bocado até que tudo recomece, o que faz com que você seja mais cauteloso e bem mais criativo em suas abordagens. E o design dos mapas sempre ajudou, com uma série de encruzilhadas em locais estratégicos e pontos de emboscada para todo tipo de estilo de jogador.

Missão de resgate
Em "Confrontation" há a volta de alguns mapas clássicos misturados a alguns novos, todos imensos e repletos de detalhes, com gráficos bastante satisfatórios para os padrões atuais, ainda que com um ou outro probleminha com a taxa de animação ou tearing - aquele efeito que parece "quebrar" os polígonos na horizontal. Para colocar alguma ação, há modos tradicionais mata-mata ou de natura mais tática, como Control, que funciona à base da captura de pontos estratégicos, ou o Extraction, que simula uma operação de resgate de reféns - com dois times se revezando entre os comandos e os mercenários, com muitas opções não só de customização das partidas, quanto de equipamentos e aparência.

Para agregar algum ar de novidade, foi incorporado o suporte ao sensor de movimento Sixaxis para fazer com que o seu personagem acompanhe os movimentos do controle em determinadas posições, principalmente quando em cobertura, para se inclinar, por exemplo. É algo curioso, mas que nunca parece algo realmente prático ou ágil o suficiente para ser acionado em momentos de maior adrenalina e surge apenas como perfumaria.

O que realmente é interessante é o fone Bluetooth que acompanha o jogo em sua versão vendida no varejo - uma vez que "SOCOM: Confrontation" também pode ser adquirido por download pela Playstation Store. De boa autonomia e qualidade de som, tem uma ótima relação custo/beneficio e é fundamental para articular estratégias entre você e seu grupo, isto é, quando o jogo resolve funcionar.

Problemas sem fim

Militares versus terroristas
É importante explicar que tentamos testar "SOCOM: Confrontation" alguns dias depois de seu lançamento oficial nos EUA, mas foi simplesmente impossível. Como um jogo totalmente online, a conexão com os servidores da Sony era precária e dominada pelos problemas mais básicos, como falhas de autenticação, salas vazias, jogadores desconectando a todo instante e até travamentos totais do videogame.

Duas semanas depois, duas grandes atualizações foram feitas. Elas tornaram o game jogável, o que é o mínimo que se espera, mas ainda está longe de ser uma experiência realmente satisfatória. Hoje você pode conectar, criar seu avatar e entrar em partidas normalmente sem notar nada de estranho a princípio, mas logo irá esbarrar em muita instabilidade e bizarrices. Coisas como sair da ação e ir direto para o modo espectador sem ter morrido, atirar em alguém à queima roupa e acabar sendo morto sem que o alvo dispare um tiro sequer, ter suas estatísticas computadas equivocadamente etc.- sem contar toda uma gama de conteúdo prometida pela própria caixa que não está contida no jogo ainda.

Nota: 5 (Medíocre)