Call of Duty: World at War
Guerra na selva |
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Como a Infinity Ward precisa de um certo tempo para montar um novo jogo do zero e a Activision não quer deixar sua marca milionária esfriar, foi resolvido que a Treyarch, uma "produtora-irmã" por assim dizer, ficaria a cargo de jogos da franquia também, em um esquema de rodízio - a cada ano, o "Call of Duty" é de responsabilidade de um estúdio diferente.
Como a Treyarch não teve muito tempo para criar algo realmente novo e não queria cometer os erros de "Call of Duty 3", que foi lançado às pressas e cheio de problemas, a solução foi improvisar com o que tinha à mão. Então, em um retrocesso considerável, voltou-se ao combalido, mas confortável, cenário da 2ª Guerra Mundial e o motor gráfico de "Call of Duty 4" foi reaproveitado, tornando tudo uma mera questão de adaptação e aperfeiçoamento.
Sim, parece um trabalho sem vergonha de reciclagem, mas para alívio dos fãs, "Call of Duty: World at War" consegue ser muito atraente, graças ao sólido trabalho feito no ano passado, em especial com o sistema de multiplayer, que garante experiência e bônus para os jogadores. Com sua mecânica viciante e um enredo brutal, ainda há muito fôlego na franquia para agradar aos entusiastas.
Pacífico em guerra
Como avançar pela praia de Omaha no dia D já deve ter cansado até mesmo o mais fanático pelo conflito, a Treyarch sabiamente resolveu mudar o foco da ação para a Ásia. Com uma natureza episódica e vários personagens, o enredo se divide em dois arcos: um sobre avanços dos fuzileiros americanos em ilhas do pacífico dominadas pelos japoneses e outro sobre a resistência do exército vermelho contra os avanços dos alemães.
Caos total |
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Fora os novos cenários e algumas poucas armas, não há muitas novidades na mecânica do jogo. Este é um "Call of Duty" como qualquer outro, e traz todo tipo de evento que se espera dele, até mesmo os trechos com veículos. A Treyarch realmente não teve tempo para ser original ou ousada e isto pode causar sensação de déjà vu, mas quem se liga puramente na ação não deverá se importar.
Diferenças entre versões
As versões para Playstation 3, Xbox 360 e PC são bastante equivalentes em todos os aspectos, ainda que esta última ganhe por conta da capacidade de rodar em maior resolução e apresentar detalhes mais ricos, além claro, da combinação mouse e teclado que ainda é imbatível. Mas espere por gráficos e áudio similares ao de "Call of Duty 4", com uma taxa de animação sólida, animação de primeira, efeitos de partículas pipocando para todos os lados e minúcias que enriquecem os cenários e eventos.
Combates urbanos |
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Na realidade, o que coloca a versão para Wii um degrau abaixo é a ausência de um modo multiplayer de verdade, além de um cooperativo local para apenas 2 pessoas. Nas outras versões o modo de cooperação aceita até quatro participantes, que podem passar por quase todas as fases da campanha principal em conjunto.
No competitivo, o esquema segue o mesmo padrão de "Call of Duty 4", com pontos de experiência, aquisição de novas armas, upgrades e habilidades especiais, as chamadas Perks. Com o balanceamento de jogadores e a possibilidade de customização, a vida do game deve se prolongar bastante, assim como aconteceu com o anterior, que até hoje movimenta grandes massas de jogadores online.
Modos também não faltam, como os habituais Deathmatch, Team Deathmatch, além de outros como Capture the Flag e War, que funciona à base de conquistas de territórios como na série "Battlefield". Mas o mais curioso mesmo é o extra Nacht der Untoten, que coloca os jogadores presos em um bunker sob ataque de mortos-vivos - eventualmente todos irão morrer, mas a graça é descobrir o quanto é possível resistir e comparar os tempos depois no placar.
Nota: 9 (Excelente)
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