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OPINIÃO

"Halo 3: ODST" mantém o nível da série e coloca jogador em nova aventura

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Imagem: Divulgação

Do START, em São Paulo

22/09/2009 17h30

Com a trilogia "Halo" encerrada parecia que a franquia amargaria um período de exílio ou então produtos paralelos interessantes, mas de qualidade duvidosa, a exemplo da estratégia em tempo real de "Halo Wars".

Contudo, o anúncio de "Halo 3: ODST" (inicialmente chamado "Halo 3: Recon") resgatou a guerra entre humanos e Covenant - conflito central da trilogia - mostrando uma história que acontece antes dos eventos derradeiros protagonizados por Master Chief em "Halo 3".

O que poderia soar como um caça-níqueis reciclado do último episódio acaba se mostrando um capítulo divertido, ousado e interessante, provando mais uma vez a competência da Bungie como produtora, reutilizando de maneira inteligente fórmulas consagradas.

Melhor ainda é que a Microsoft repete o excelente trabalho de localização visto em "Halo 3", conferindo a "ODST" legendas, menus e dublagem 100% em português do Brasil.

Mudança de hábito

Sai de cena Master Chief, entra uma equipe especial de soldados ODST (sigla para Orbital Drop Shock Troopers), que são lançados à superfície em veículos especiais direto de naves no espaço. O grupo é enviado à cidade de Nova Mombasa para encontrar um artefato antes que os Covenant achem primeiro.

No decorrer do combate o grupo sofre um acidente feio e o personagem principal, chamado apenas de Novato, acorda sozinho e seis horas após a batida. Já é noite e ele está sozinho na metrópole, que é patrulhada por grupos de inimigos. O objetivo então é encontrar seus colegas e aí brilha a campanha para um jogador de "ODST", que conta com cerca de 6 a 8 horas de duração. Conforme se explora a cidade, são encontradas as armas de seus companheiros. Ao achar cada uma inicia-se um flashback e você então jogará com o personagem a quem pertencia a arma em certo momento das últimas seis horas.

Halo 3 ODST Review 1 - Divulgação - Divulgação
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O melhor é que a progressão não é linear. A princípio apenas alguns locais da cidade são acessíveis, permitindo encontrar um número limitado de armas e, por consequência, fases. Porém, ao avançar novos locais abrem e com eles mais flashbacks. Todas as histórias acontecem em distritos diferentes de Nova Mombasa e são repletas de ação, além de apresentarem personagens de outros flashbacks que interagem uns com os outros. Ou seja, há momentos em que você atuará ao lado de algum soldado que já controlou.

Apesar de a história não fugir de clichês de contos de guerra, a maneira com que ela é contada empolga e intriga, cumprindo bem o papel de prender a atenção durante toda a campanha. O fato de cada memória ser intercalada pelas andanças do Novato só ajuda pois traz a "Halo" uma calma raramente vista. A mudança de ritmo é agradável e ajuda a conferir ar de novidade e personalidade marcante ao game.

As explorações com o Novato exigem atenção e cuidado, visto que ele está sozinho e os inimigos mais numerosos e melhores equipados, sendo impossível derrotá-los. Contudo, nas fases em si impera a ação frenética que tanto marcou "Halo". A novidade fica por conta de agora se controlar um soldado mais raso, não um Spartan avançado e treinado como Master Chief. Isso implica em maior vulnerabilidade e necessidade de trabalhar em equipe.

Halo 3 ODST Review 2 - Divulgação - Divulgação
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Isso dá espaço para o elemento cooperativo do jogo brilhar, visto que o modo permite que até quatro pessoas simultaneamente desbravem a campanha principal. Os equipamentos não mudaram muito desde "Halo 3", na verdade regredindo para armas menos mirabolantes como visto nos dois capítulos iniciais da trinca. Há armas novas, como uma metralhadora com silenciador, mas não traz mudanças profundas à mecânica, valendo ainda velhas táticas de combate com granadas e outros itens bélicos. Igualmente, o controle de veículos permanece excelente e preciso, sempre resultando em alguns dos momentos mais divertidos da jornada.

Excelência reciclada

A campanha principal não é a única opção cooperativa. Estreia em "ODST" o modo Firefight, em que novamente grupos de até quatro pessoas encaram hordas de inimigos - uma espécie de Survival. Ainda que a ideia não seja exatamente uma grande inovação, novamente pesa a execução competente, propiciando um modo de jogo empolgante, desafiante e repleto de ação e tensão.

Por fim, "ODST" encarta um disco adicional dedicado às partidas para vários jogadores simultaneamente. O DVD traz todos os 21 mapas já lançados para "Halo 3" - dentre os que já vinham no game e os lançados posteriormente para download - e ainda inclui três mapas novos, sendo um deles releitura de uma arena de "Halo 2".

Halo 3 ODST Review 3 - Divulgação - Divulgação
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Fora isso não há nada de inédito, mas da mesma forma continuam presentes todas as opções do multiplayer de "Halo 3" o que já o bastante para colocar "ODST" muito acima de outros títulos de tiro, graças às opções edição de filmes e criação de partidas.

O departamento técnico novamente esbanja estilo e experiência, apoiando-se em uma excelente direção de arte para impressionar mesmo com o motor gráfico de dois anos de "Halo 3" - que já na época não era dos mais impressionantes do mercado. No mesmo caminho, a trilha sonora apresenta a mesma imponência de antes, mas agora também variedade, acompanhando sempre o momento da trama. Os segmentos com o Novato contam com arranjos singelos e melancólicos, ao passo que os flashbacks possuem ritmos fortes de acompanhamento.

Dublagens, legendas e menus mantém o competente trabalho de "Halo 3", sendo perceptíveis menos sotaques regionais (como alguns criticaram no episódio anterior) e traduções que soam mais naturais e denotam maior cuidado na tarefa, não apenas uma tradução ao pé da letra.

Nota: 9 (Excelente)

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL