Mass Effect 2
A Bioware logo foi comprada pela Electronic Arts, mas o compromisso com a plataforma da Microsoft se manteve e "Mass Effect 2" chega como lançamento exclusivo para o Xbox 360 nos consoles. O PC, novamente, se mantém alheio a disputas e agora ganha uma versão simultânea. Sorte para os envolvidos, já que a continuação resolve muitos dos problemas do anterior e oferece uma experiência inesquecível para fãs do gênero.
Retomando a aventura
Uma irmandade incomum |
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Depois de várias surpresas que ocorrem logo no início desta segunda aventura, o herói se vê em uma situação complicada, associado ao grupo Cerberus, um movimento extremista que é acusado de ações terroristas, muito bem financiado por um sujeito misterioso conhecido apenas como Illusive Man. Sua missão de descobrir a verdade a respeito do ataque à Citadel continua, mas como suas novas alianças não são bem vistas, o soldado é obrigado a recomeçar do zero e montar uma nova equipe.
Fãs do jogo original não devem lamentar o reinício de Shepard. "Mass Effect 2" traz um recurso genial que importa os dados salvos do primeiro game. Assim, escolhas decisivas, dinheiro e experiência do personagem são herdadas de uma maneira muito interessante. O destino de alguns coadjuvantes é conhecido de acordo com o que foi decidido no primeiro "Mass Effect", assim como o rumo de algumas conversas, a reputação do herói e o retorno de velhos conhecidos. Mesmo com a importação do save, é bom lembrar, ainda é possível alterar algumas características de Shepard, em especial sua classe de especialização, em um recurso bem explicado pelo roteiro.
Decidindo os rumos da história |
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Simplificar para melhorar
Por falar em construção, a estrutura mecânica de "Mass Effect" sofreu grandes reformas para se tornar mais eficaz. Saem de cenas as longas cenas em elevadores que serviam para mascarar o carregamento de cenários, a infinidade de itens inúteis e as longas jornadas com o tanque Mako por planetas desertos e enfadonhos.
"Mass Effect 2" simplifica muitos dos excessos do original para se focar no que interessa. As árvores de talentos, por exemplo, são menores e algumas habilidades limadas na realidade são adquiridas indiretamente ou mescladas a outras. As armas, armaduras a até a nave Normandy agora ganham mais poder de fogo graças a upgrades que podem ser comprados em lojas ou encontrados durante a ação. O sistema de munição também foi reformulado e agora, em vez de esquentarem, os armamentos contam com cartuchos de reposição que devem ser recolhidos no campo de batalha.
Para adquirir os materiais necessários no desenvolvimento de upgrades ainda é preciso explorar planetas desconhecidos, mas o esquema mudou radicalmente. Além de finalmente poder controlar sua nave pelo mapa (e ter a preocupação de abastecê-la), não é mais preciso anotar quais planetas já foram visitados, pois o game assinala o nível de progresso na tela.
Desenvolva habilidades de combate |
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A apresentação de "Mass Effect 2" mostra um grande salto de qualidade em relação ao primeiro exemplar. Os cenários são mais complexos e melhor preenchidos, algo distante dos grandes espaços vazios de antes. As animações dos personagens também estão mais ricas, principalmente as de Shepard, que acaba se tornando mais carismático. No entanto, o que mais importa é a melhoria no motor gráfico, que se mostra mais leve e exibe bem menos problemas na taxa de animação e carregamento de texturas.
O áudio do jogo também é sensacional. Primeiro vem a trilha sonora inspirada em clássicos filmes de ficção como "Blade Runner - O Caçador de Andróides", com forte uso de sintetizadores. As vozes também são de primeira linha, com a presença de atores como Martin Sheen (de "Apocalypse Now" e da série "The West Wing"), Carrie Ann-Moss ("Matrix"), Tricia Helfer (do seriado "Battlestar Galactica") e Michael Dorn (de "Jornada nas Estrelas: A Nova Geração").
Nota: 10 (Imperdível)
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