Sniper: Ghost Warrior
A trama é uma bobagem sobre uma dupla de soldados enviada a uma ilhota tropical para derrubar um regime totalitário que tomou o lugar. O herói do título é especializado em ataques furtivos e de longa distância enquanto seu fiel parceiro vira astro em missões secundárias que, de tão genéricas, parecem copiadas de algum "Call of Duty" qualquer sem muito esforço.
Atirar de longe é algo bem divertido. É preciso se preocupar com a distância e o vento, assim como a movimentação do alvo. Na dificuldade mais baixa há ainda uma marca secundária na mira do jogador que leva em consideração todos esses fatores e indica exatamente onde a bala vai acertar. Independente da mãozinha, o game faz bonito ao criar uma sensação diferenciada de outros games ao realçar o real poder de um atirador de elite. Ver uma bala viajar por dezenas de metros até explodir no corpo de um inimigo em câmera lenta não tem preço, especialmente quando outros ficam perdidos sem saber o que está acontecendo.
A coisa infelizmente perde o pique quando o outro tal sujeito aparece para encarnar Rambo. O jogo se transforma em algo moroso, que evidencia todos os seus bugs e limitações. Durante os tiroteios e brigas é possível notar paredes invisíveis em locais nada estratégicos, ver personagens entrarem em árvores ou deixar seu personagem agarrado em partes do cenário. Isso quando o jogo não trava de vez (ao menos no PC) e força o usuário a reiniciar do último ponto salvo.
Os gráficos, até mesmo pelo preço do game, são bem decentes e utilizam o motor gráfico Chrome 4, o mesmo de "Call of Juarez: Bound in Blood". Talvez por isso os modelos tenham aquele mesmo olhar de peixe morto, de acabamento tosco, mas sem destoar muito dos cenários ricos em vegetação. No lado do áudio os sons ambientes são satisfatórios enquanto a dublagem faz feio, com diálogos robóticos e mal escritos.
Nota: 4 (Medíocre)
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