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OPINIÃO

Explore uma América devastada pela guerra nuclear em "Fallout New Vegas"

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Do START, em São Paulo

28/10/2010 14h58

A série "Fallout" teve seus primeiros jogos lançados na década de 1990 e marcou época com a liberdade de escolhas oferecida ao jogador e com sua ambientação única para a época: a América destruída após uma guerra nuclear, mas com elementos de ficção científica típicos dos anos 50.

A Bethesda trouxe esse universo de volta aos videogames em 2008, com "Fallout 3", que fez a alegria dos veteranos e também atraiu novos fãs, com seu mundo aberto e cheio de surpresas. Dois anos depois, a Bethesda traz "Fallout: New Vegas", não exatamente uma continuação do último "Fallout", mas uma nova aventura, em outras paragens da América devastada.

Era uma vez no Oeste

Em "New Vegas" o jogador é um mensageiro na região do deserto de Mojave, entre a Califórnia e Nevada. Atacado por bandidos na estrada, o herói precisa descobrir quem o atacou, recuperar sua preciosa carga, fazer a entrega e claro, se vingar dos assaltantes.

Fallout New Vegas 1 - Divulgação - Divulgação
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Ao mesmo tempo, a região é disputada por duas poderosas facções: de um lado está a New California Republic, a maior e mais poderosa nação da Terra - ou ao menos, a única nação conhecida - e do outro, as brutais Caesar Legions, uma sociedade escravocrata inspirada no Império Romano. Ambos os exércitos querem controlar a região de New Vegas, independente dos interesses dos habitantes locais.

A ação em "New Vegas" não demora tanto para engrenar quanto em "Fallout 3", com missões tutoriais rápidas e que ensinam o básico do jogo e também algumas das novas mecânicas. Quem jogou o game anterior se sentirá em casa, mas ainda assim deve ficar atento para as mudanças, que afetam o sistema de combate, os itens de cura e o controle dos companheiros, personagens que podem ajudar o herói em sua jornada.

O cenário de "New Vegas" é no mínimo tão grande quanto o de "Fallout 3", mas a campanha tem potencial para durar muito mais, com um enredo que se divide de acordo com as escolhas feitas pelo jogador. Para explorar o enredo em sua totalidade, é preciso jogar pelo menos quatro vezes a campanha principal, sem contar as missões opcionais e as novas "free quests", missões rápidas que são ativadas em momentos específicos e não aparecem na lista do Pipboy, o sempre presente acessório que faz as vezes de menu, inventário, mapa e lanterna.

Para os veteranos de longa data, há referências e personagens do clássico "Fallout 2". Para os recém-chegados, é uma história fechada e independente, que não exige que o jogador passe por "Fallout 3", por exemplo.

Fallout New Vegas 2 - Divulgação - Divulgação
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Vale observar que se trata de um RPG bastante tradicional, com centenas de diálogos e consultas constantes ao inventário e menus. O combate é intenso, mas funciona melhor quando o sistema VATS é ativado e se torna um tiroteio "em turnos". Novos golpes de combate corpo-a-corpo foram introduzidos, mas ainda assim, só são executados através do VATS. "New Vegas" é um jogo feito para quem já aprecia o gênero e não tenta ser fácil ou atraente para jogadores que buscam um primeiro contato com RPGs.

Dificuldade extra

Para quem busca um desafio extra, vale experimentar o novo modo Hardcore. Nesse modo de jogo, todos os itens do inventário passam a ter peso, inclusive a munição. Os medicamentos não garantem mais cura automática e recuperam os pontos de vida com o passar do tempo.

Membros quebrados não são mais curados com uma noite de sono, apenas com uma visita ao médico ou com o item "Dr Bag". Por fim, no modo Hardcore há novos atributos aos quais o jogador precisa ficar atento: sede, fome e sono, além de saúde e radiação.

Nos primeiros dias com "Fallout: New Vegas", problemas como travamentos, quedas na taxa de quadros e outras falhas menores eram frequentes, mas a Bethesda foi rápida em providenciar uma atualização corretiva, que deixou a experiência bem menos traumática.

Fallout New Vegas 3 - Divulgação - Divulgação
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O grande ponto fraco de "New Vegas" é o motor por trás do jogo. Trata-se do mesmo motor gráfico de "Fallout 3" e de "Elder Scrolls IV: Oblivion". Embora o RPG da Bethesda não desaponte com seus cenários amplos, interiores cheios de itens e inimigos, é preciso admitir que o resultado final não é dos mais bonitos, ainda mais quando games similares e melhor acabados, como "Mass Effect 2" estão disponíveis.

Nota: 8 (Ótimo)

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL