Combate estratégico é o destaque do brasileiro "Chroma Squad"
Um grupo de dublês de um programa de super sentai - heróis do estilo "Changeman", "Fashman", "Power Rangers" - fica revoltado por não serem os principais astros. Eles resolvem criar seu próprio show na TV e sair dando piruetas na cidade onde moram. Mas tudo começa de forma amadora, com orçamento baixo até chegar a um ponto em que são líderes de audiência.
É assim que começa "Chroma Squad", jogo de RPG estratégico do estúdio independente Behold que chegou ao mercado após uma campanha de sucesso no site de financiamento coletivo Kickstarter e que deu mais destaque para o estúdio brasileiro criador de "Knights of Pen & Paper". Assim como "Knights" é um jogo sobre jogar RPG 'de mesa', "Chroma Squad" não é diretamente um jogo de super sentai, mas sobre fazer parte de um programa de TV do gênero.
A criatividade da equipe se mostra em todos os cantos do game, principalmente quando você joga em português: Dos nomes das habilidades às piadas que preenchem os diálogos, nós brasileiros percebemos as referências mais nitidamente, como o meme "E morreu" e outras coisas que estão escondidas, inclusive nas descrições dos itens.
Combate estratégico
O esquema de jogo lembra muito games como "Fire Emblem", "Disgaea" e "Final Fantasy Tactics", na qual temos um mapa que mostra até onde os heróis podem andar e atacar. Existem diversos tipos de inimigos, mas a variedade deles não é muito grande - o que realmente acontece em todos os seriados de super sentai - o que acaba incomodando um pouco, mas nada demais.
De vez em quando você recebe reforços para seu esquadrão, como fãs e artistas marciais poderosos que fazem uma ponta em um episódio e outro. Golpes especiais são inspirados em golpes dos grupos de Sentai e tem direito até a golpes em conjunto para finalizar o monstro do episódio.
Em alguns episódios o seu grupo tem a oportunidade de lutar em um robô gigante. Aqui existe uma mudança de perspectiva, no lugar de um mapa quadriculado, passamos a ver o robozão e seu inimigo de lado, porém o combate se torna menos estratégico e passa a ser um pouco mais como um mini-game de acertar o tempo certo de atacar e defender.
Diversão e arte
"Chroma Squad" é um ótimo jogo, com um roteiro bem divertido e mecânicas bacanas. A arte pixelada, inspirada nos videogames de 16 bits, dá um charme extra para o game e as músicas, em chiptune, não saem da cabeça.
Faltou um pouco de profundidade no sistema de combate dos robôs gigantes e um pouco mais de tempo em correções de bugs menores. Mas no geral, é um game que arranca risadas e diverte. Reduzir "Chroma Squad" a "um ótimo jogo brasileiro", seria um erro. Este é um game original e bem bacana, independente da nacionalidade.
Nota: 8 (Ótimo)
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