Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
10 jogos retrô que comprovam que a Terra é redonda
Hoje é dia de mais uma lista um tanto inusitada por aqui. Em tempos obscuros onde ideias terraplanistas avançam sobre uma maré de negacionismo científico, demonstrar que a Terra é plana pode até ser considerado um ato subversivo. Nós até poderíamos repetir o experimento realizado por Eratóstenes que, há mais de 2220 anos, calculou com boa precisão a circunferência do nosso planeta. Mas como não devemos sair de casa e eu preciso me ater à temática do blog, vamos demonstrar através dos vídeos games.
Eu sei, esse é um tiro que pode sair pela culatra já que diversos jogos antigos representavam nosso planeta bidimensionalmente, como um disco, devido a limitação de hardware, claro. Ainda assim, mesmo antes da chegada dos polígonos, alguns desenvolvedores e artistas fizeram excelentes trabalhos para simular profundidade e representar nosso globo nos vídeo games. Vamos conferir alguns deles.
1 - Liberator (1982)
Como sempre, a vanguardista Atari esbanja recursos em seus Arcades para proporcionar experiências inigualáveis e até mesmo inimagináveis. É o caso de Liberator, um shoot em' up de mira livre que exibe planetas em rotação: um deles com características semelhantes ao globo onde vivemos.
A animação impressiona pela fluidez e seu aspecto tridimensional. Consoles e computadores caseiros teriam dificuldades para reproduzir este efeito com tanta fidelidade nas próximas gerações, fazendo com que Liberator definitivamente mereça encabeçar esta lista.
2- Gyruss (1983)
A Konami optou por modestos planetas estáticos em Gyruss, apenas utilizando sombreamento para simular um objeto esferoide. Alguns recursos utilizados para conferir a sensação tridimensional ao jogador são os objetos que se movem com animação de zoom in e zoom out e a movimentação tubular da nave principal, conferindo a sensação do jogador estar se movendo em uma área cilíndrica no espaço sideral.
3 - Godzilla: Monster of Monsters! (1988)
É de se imaginar que seria improvável uma criatura colossal habitar em uma terra plana: caso a criatura decida pular sobre uma extremidade isto poderia catapultar todos os habitantes da extremidade oposta - seria um caos. Para sorte dos coabitantes da Terra onde Godzilla existe, o planeta é redondo. A própria criatura aparentemente decide dar um rolê na Lua com sua coleguinha Mothra: lá, ambas contemplam nosso distante planeta ao fim deste curioso jogo de NES.
4 - Captain Planet and The Planeteers (1991)
Claro que um jogo de vídeo game baseado em uma serie cujo principal tema é preservação ambiental e educação ecológica não figuraria uma Terra plana. O jogo não poupa pixels no sombreamento para deixar nítida a esfericidade do Planeta - e a julgar pela reação de Gaia ao fim do game, parece que ela está satisfeita.
Particularmente é um jogo que muito me agrada e passa longe de ser tão ruim quanto diversos jogos licenciados da TV e do Cinema. São três dinâmicas distintas de navegação, alternando entre um helicóptero, uma espaçonave e o Capitão Planeta em pessoa: nelas, você basicamente precisa salvar alguns animais e destruir os vilões - se ao menos o Sonic pudesse ajudar..
5 - Commander Keen (1991)
Quem diria que o primeiro sucesso de Carmack e Romero tivesse algum propósito didático para os dias de hoje. Fruto de uma fracassada tentativa de portar Mario Bros aos computadores caseiros, Commander Keen exibe um modesto planeta Terra de onde parte a nave de nosso comandante.
Preciso admitir que se trata de uma representação bem chapada e desprovida de sombreamento. Por sorte, tomaram cuidado de exibir apenas o continente americano na face visível, nos levando a inferir que os continentes restantes estariam visíveis sob outra perspectiva: Terra não-plana wins!
6 - SimEarth: The Living Planet (1991)
Eu jurei que jamais jogaria este game novamente desde minha decepcionante locação deste cartucho de Super Nintendo. Pra minha sorte, consegui extrair o trecho de uma jogatina disponível na internet sem precisar reviver a monótona experiência do game.
Indo ao que interessa, o jogo até faz uma considerável representação tridimensional do nosso planeta mesmo desprovido do chip Super-FX em seu cartucho. Outras duas representações de nosso globo são feitas quando a espaçonave parte do Planeta na transição entre cenários e também com o mascote do game: um simpático planetinha com membros e rosto.
7 - Sega CD (1993)
No fundo da tela de introdução do Sega CD aparecem fotografias da Lua e da Terra em downscaling. Infelizmente são apenas imagens estáticas, mas a quantidade de cores disponíveis no add-on da SEGA foi suficiente para representar nosso planeta de forma realista e destacada.
8 - Mortal Kombat 3 (1995)
Mortal Kombat é uma franquia conhecida por fatalities chocantes e este é indiscutivelmente um dos mais emblemáticos. Durante um dos fatalities de Smoke, ele dispersa tantas bombas que elas explodem a Terra por completo, deixando nenhum terraplanista ou pessoa para contar a história.
9 - Kettou Beast Wars (1999)
Aqui um jogo de pancadaria entre transformers no Game Boy exibe um capricho que poucos jogos de consoles 8-bit ousaram. Ao finalizar o game, seu personagem aparece próximo ao planeta Terra que aparece em movimento de rotação. São 16 frames que concedem o aspecto de giro ao planeta azul, com direito a movimentos de rotação e translação do nosso satélite: a Lua - que, diga-se de passagem, não é feita de queijo.
10 - Orbits (1991)
Esse "jogo" é mais um entre diversos jogos educativos que eram disponibilizados nas salas de informática dos anos 90. Rodando em MS-DOS, o jogo oferecia diversas informações a respeito dos objetos em nosso sistema solar, além de explicar conceitos de física e astronomia. Este pesadelo dos terraplanistas ainda informa dados como a circunferência da Terra, exemplifica o efeito da gravidade em diferentes planetas e ainda fatia nosso planeta para exibir seu núcleo.
Aliás, falando sobre o núcleo da Terra, há até mesmo negacionistas que rejeitam os fatos para abraçar a Teoria da Terra Oca: onde, abaixo da crosta terrestre, haveria um novo mundo habitado por criaturas fantásticas e até mesmo outros humanoides. Esse povo inventa cada coisa, né?
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