Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Quase 30 anos depois: onde estão os jogadores de NBA JAM?
Um dos textos de maior acesso aqui no blog foi sobre o atual estado dos skatistas de Tony Hawk Pro Skater 2. Seguindo a mesma pegada, agora vamos descobrir onde (e como!) estão os atletas de um jogo mais antigo e igualmente marcante: NBA JAM.
O clássico 2x2 com elementos e recursos exagerados foi um grande sucesso durante a quarta geração de consoles. Firmou alguns bordões nas locadoras e fliperamas, como "Boom Shakalaka" até o icônico "He's on fire".
Mas qual o atual paradeiro das seletas duplas de atletas que estavam entre os melhores e mais queridos jogadores da NBA daquele período? Dividi os personagens em dois textos. Neste aqui, vamos tratar só dos atletas dos times da Divisão Oeste. Em breve, você confere também os da Divisão Leste.
Divisão Oeste (West)
Utah Jazz - Karl Malone e John Stockton
Malone é uma das lendas mais subestimadas da história do basquete, aposentando-se depois de quase 20 anos como profissional e com a segunda posição entre os maiores pontuadores da história da NBA. Hoje em dia, Malone está bem distante do esporte profissional e tem uma série de empreendimentos locais em Louisiana e Utah. Em suas horas vagas, adora caçar. E até costuma dizer que é mais reconhecido em sua cidade como caçador do que como ex-jogador de basquete.
Ao contrário de seu colega, Stockton se manteve bem próximo do esporte após sua aposentadoria e exerceu a função de treinador em algumas equipes de jovens atletas. Um tempo depois, Stockton se empenhou em treinar a equipe feminina universitária em Montana, onde também treinou sua filha, que até hoje segue os passos do pai.
Phoenix Suns - Dan Majerle e Kevin Johnson
Após sua aposentadoria, Majerle teve passagens como analista na ESPN e até já cobriu as playoffs para a TNT. Serviu como treinador para a equipe dos Grand Canyon Antelopes de 2013 até sua demissão, em março de 2020.
Johnson acabou trilhando um caminho um tanto inusitado em comparação com seus colegas de game. Ele entrou para a política e foi eleito prefeito de Sacramento em 2008, sendo reeleito e exercendo seu mandato até 2016.
Houston Rockets - Hakeem Olajuwon e Vernon Maxwell
Atualmente residindo em Houston, Olajuwon se orgulha de ter treinado Kobe Bryant e LeBron James em sua trajetória pós-NBA, marcada por oferecer coaching e assistência pessoal a jogadores proeminentes. Atualmente, Olajuwon tem se empenhado em transferir todo o seu conhecimento para seus dois filhos, ambos ansiando por uma carreira tão promissora quanto a do pai.
Vernon reside em Charlotte, na Carolina do Norte, onde dedica seu tempo a manter seu corpo em forma e treinar seu filho adolescente. O ex-camisa 11 dos Rockets também é bem ativo nas redes sociais. Um de seus passatempos é se envolver em polêmicas provocando antigos adversários.
San Antonio Spurs - David Robinson e Sean Elliott
Depois de sua conversão ao cristianismo, Robinson esteve bem próximo de trabalhos de caridade e até fundou uma escola privada sem fins lucrativos. Atualmente, segue bem empenhado nas atividades da escola e demais empreendimentos, atuando como filantropo voltado para diversas causas sociais. Vale citar que seus empreendimentos são tão lucrativos que ele chegou a comprar uma fatia de aproximadamente 2% do San Antonio Spurs, equipe que, segundo a Forbes, valeria algo em torno 1,8 bilhão de dólares hoje em dia.
Elliot atua como analista de TV para o próprio San Antonio Spurs, além de tocar alguns empreendimentos relacionados com suas outras paixões: carros e vinhos. Recentemente, ele comemorou o vigésimo aniversário de um complicadíssimo transplante de fígado e faz questão de viver cada dia de forma plena e grata.
Golden State Warriors - Tim Hardaway e Chris Mullin
O nome Tim Hardaway pode até soar familiar para quem acompanha a NBA. Isto porque seu filho, Tim Hardaway Jr, é um dos atuais jogadores dos Mavericks. O patriarca Hardaway é um dos poucos membros dessa lista que sequer foi cogitado a participar de algum Hall da Fama, possivelmente por conta de sua conduta declaradamente homofóbica em 2007. Desde então, Hardaway mostrou-se arrependido e, em 2014, até chegou a ser a primeira pessoa a assinar uma petição para permitir o casamento entre pessoas do mesmo gênero na Florida. Já em 2021, finalmente foi um dos finalistas ao Hall da Fama, chegando a exibir a indicação em suas redes sociais com muito orgulho.
Já seu colega Chris Mullin esbanja nesse quesito: são duas inclusões em Halls da Fama, tanto por sua carreira olímpica quanto pela individual. Depois de quatro temporadas como treinador do St. John's Red Storm, Mullin pediu demissão para poder lidar com uma dura perda em sua vida pessoal: a morte de seu irmão.
Portland Trail Blazers - Clyde Drexler e Terry Porter
Outro que ostenta duas inclusões no Hall da Fama é Clyde Drexles. Mas ao contrário de Mullin, o ex-camisa 22 do Trail Blazers acabou optando por uma vida mais pacata, administrando bens no setor imobiliário e abrindo uma churrascaria com seu nome, gerenciada pela família. O mais próximo que se mantém do basquete é como comentarista esportivo para a companhia de telecomunicações AT&T.
Talvez nenhum outro nome dessa lista respire tanto basquete profissional quanto Porter: foram 17 anos como jogador e 19 anos como treinador, 6 deles dedicados ao time universitário de Portland, onde ainda atua nos dias de hoje. Nesse tempo, o atleta liderou um grupo de investidores interessados na compra do time e tudo indica que ele ficou com uma boa fatia nas participações.
Denver Nuggets - Dikembe Mutombo e LaPhonso Ellis
Mutombo foi o novato que entrou para o NBA JAM apenas dois anos após sua estreia no Denver Nuggets. Ele se aposentou em 2009, depois de passar pelo Houston Rockets. Desde então, se dedicou ao trabalho humanitário no continente africano e recebeu diversos prêmios e honrarias. Também ofereceu sua filantropia aos norte-americanos, com sua ONG Dikembe Mutombo Foundation.
Ainda mais novato que Mutombo era seu colega LaPhonso Ellie. Ele havia entrado para o Denver Nuggets em 1992 e logo no ano seguinte de as caras no NBA JAM. No entanto, acabou tendo uma carreira muito mais curta e se aposentou em 2003. Apenas em 2009 conseguiu se reaproximar do basquete, como analista na ESPN.
Seattle SuperSonics - Shawn Kemp e Detlef Schrempf
Shawn Kemp é agraciado por aparecer na capa da versão de Sega Saturn do jogo, o NBA Jam Extreme. Não é para menos. Sua disposição para o esporte o manteve nas quadras até seus 39 anos, quando começou a jogar na liga italiana. Se aposentou em 2008 e passou a investir em imóveis e em uma loja especializada na venda de cannabis, em Seattle.
O germano-americano Schrempf é, desde 2010, o diretor de desenvolvimento de negócios da Coldstream Capital, uma empresa de gestão de fortunas em Seattle. Ele também desenvolve um trabalho de caridade em uma instituição que ele próprio fundou, para redistribuir verbas para outras fundações de caridades locais.
Los Angeles Clippers - Danny Manning e Ron Harper
Manning quase supera Terry Porter em tempo de atividade: foram 15 anos de carreira como jogador e 17 como treinador. Trabalhou até o ano passado para o Wake Forest Demon Deacons, quando, então, foi dispensado. O restante, vocês já sabem: Manning foi contratado como comentarista da NCAA por uma emissora de rádio na temporada 2020-2021.
Ron Harper apenas exerceu a atividade de técnico auxiliar por alguns anos e optou por uma vida mais reclusa com sua família. Desde muito jovem, Harper luta contra problemas de gagueira e dedica parte de seu tempo a encorajar outras pessoas com o mesmo problema.
Los Angeles Lakers - James Worthy e Vlade Divac
James Worthy praticamente completa a cartela do bingo que vimos até aqui: já teve passagem pela polícia, foi incluso no Hall da Fama, participou de equipe técnica no basquete profissional, se envolveu com empreendimentos locais, trabalhos filantrópicos e também encontrou espaço na TV, como comentarista, apresentador e analista.
Entre 2015 e 2017, Divac atuou como diretor geral do Sacramento Kings. Obteve o cargo, em parte, por suas contribuições ao clube no período entre 1998 e 2004; mas também por causa de sua forte influência no basquete internacional, com participações em diversos comitês e atividades gerenciais ao longo dos anos. Além da carreira administrativa, Divac é um conhecido investidor no campo dos esportes. Também é um grande ativista a favor dos refugiados na Sérvia.
Sacramento Kings - Wayman Tisdale e Mitch Richmond
O único falecido nesta lista é Wayman Tisdale. Em 2009, ele acabou perdendo uma batalha contra o câncer que já durava dois anos. Depois de sua aposentadoria, ele seguiu a carreira musical como baixista em uma banda de jazz. Seu último álbum foi escrito e lançado após seu diagnóstico de câncer, em 2007.
Richmond hoje é comentarista de jogos dos Kings, antes e depois da partida, para o NBC Sports na California. Antes disso, foi técnico auxiliar para o St. John's Red Storm, entre 2015 e 2019.
Dallas Mavericks - Derek Harper e Jim Jackson
Harper acabou optando por uma vida mais tranquila com sua família, em Dallas. Claro que isso não o impediu de trabalhar com emissoras de TV como a KTXA, exercendo a função de âncora nos programas esportivos dos finais de semana.
Eu vou te dar uma oportunidade para descobrir o que Jackson faz atualmente. Se você respondeu "trabalhando com algo relacionado a TV", então você acertou! Atualmente na Fox Sports, Jackson já passou pela Turner Sports e pela Big Ten Network (um canal especializado em esportes de Chicago).
Minnesota Timberwolves - Christian Laettner e Chuck Person
Laettner também foi um dos felizardos a entrar na seleta dupla de NBA JAM logo no ano seguinte à sua estreia nos Timberwolves. Depois de sua aposentadoria, seguiu a vida como homem de negócios. Investiu em alguns empreendimentos e atuou no mercado imobiliário na Carolina do Norte. Ele até tentou comprar os Memphis Grizzlies durante um período de desvalorização, mas não obteve sucesso nas negociações.
Chuck Person passou 14 anos como jogador profissional e depois 17 como técnico assistente. Mas as coisas não acabaram bem para Person, que se envolveu em um escândalo de corrupção com fraudes e propinas na condução de jovens atletas a agentes financeiros. E não para por ai. Ele também foi condenado por subornar técnicos de equipes universitárias. Cumpriu dois anos em liberdade condicional e prestou 200 horas de serviços comunitários. A juíza que julgou o caso disse que não havia necessidade de encarceramento devido ao longo histórico de atividades caridosas realizadas por ele.
_____________________________________________
Fique ligado no conteúdo aqui do START porque logo logo vem a segunda parte deste artigo, com o paradeiro dos atletas da Divisão Leste. Tem Chicago Bulls, Orlando Magic, New York Knicks e muito mais. Aguarde!
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.