Realismo, variedade e eSports: FIFA 21 vem forte para a nova geração
A relação íntima entre o Brasil e o futebol faz com que qualquer simulador do esporte mais popular do mundo seja um sucesso instantâneo no país. Criativo e inovador desde a década de 90, o FIFA chega à sua primeira versão para a nova geração de consoles (Playstation 5 e Xbox Series S/X) em 4 de dezembro com uma série de pontos que despertam atenção —da mudança na narração, com Gustavo Villani, às implementações na jogabilidade, o título passou por diversas atualizações que prometem gerar impacto nos próximos meses.
Os controles de bola, desde os dribles aos cruzamentos, trouxeram uma dinâmica mais real ao FIFA 21. A versão antecessora recebeu diversas críticas por este ponto, e a EA Sports decidiu se mexer nesse sentido. A marcação, com características muito próprias do game, também parece um pouco mais complicada —com a personalidade de posicionamento influenciando diretamente no que diz respeito a impedimentos e movimentações.
Ao contrário do Pro Evolution Soccer, que optou por uma atualização da versão anterior do game na geração atual de consoles, concentrando forças para o próximo título nos lançamentos que estão na iminência de serem lançados, o FIFA optou por já estender a experiência em ambas as áreas. Em diferentes níveis, fez questão de implementar elementos para todos os modos de jogo —Carreira, Ultimate Team, VOLTA...
O mais curioso de se observar é o Modo Carreira —provavelmente o mais completo já apresentado por uma versão do FIFA. Os recursos voltados a acompanhar um time de futebol tal qual um técnico de verdade, observando a progressão dos jogadores, a forma como reagem às diferentes experiências, a planilha de treinos e a maneira como se administra a rotina dos atletas de cada posição traz para o game um tipo de interação mais profunda do que é estar à frente de uma equipe.
O fato de contar com licenças dos mais diversos campeonatos no planeta faz com que FIFA movimente, em seu modo mais célebre, o Ultimate Team, também o cenário competitivo de esportes eletrônicos - com o lançamento recém-ocorrido, o game já conta com um início de calendário bem estruturado e projetado para atrair jogadores de todo mundo a se tornarem profissionais de futebol virtual.
Este ano estamos trazendo mais entretenimento por meio de formatos competitivos exclusivos e, ao mesmo tempo, acessando as maiores ligas, marcas e nomes do futebol do planeta. Mal podemos esperar para entregar a temporada da FIFA mais envolvente, acessível e cheia de talentos da história
Brent Koning, comissário de eSports de FIFA
É natural, especialmente para um game de futebol, viver altos e baixos ao longo dos anos. Sempre haverá uma versão preferida para os jogadores e uma da qual eles não gostam nem de lembrar. O importante para qualquer produtora é pensar a longo prazo, balanceando o que é interessante para o player casual e também para o profissional. As mecânicas são fundamentais para prender o consumidor no dia a dia, mas também quem quer viver disso.
O Brasil, por motivos óbvios, tem um potencial enorme dos dois lados —tanto para o FIFA como diversão, como para a formação de jogadores profissionais. A convivência desde a infância com o futebol reduz drasticamente a curva de aprendizado em relação a qualquer outro game e torna a trajetória muito menos árdua —induzindo, ainda, a uma fácil introdução familiar.
Saber aproveitar isso é um presente e um desafio para a produtora.
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