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OPINIÃO

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CBLoL chega ao desfecho falando a língua do espectador

CBLoL paiN Vorax - Divulgação/Riot Games
CBLoL paiN Vorax Imagem: Divulgação/Riot Games

Colunista do UOL

16/04/2021 11h24

Este fim de semana será um prato cheio para quem gosta de League of Legends no Brasil. A Riot Games concentrou suas duas grandes finais - do CBLOL e do CBLOL Academy - para os dias 17 e 18 de abril. São quatro equipes diferentes envolvidas: na "categoria de base", Flamengo x FURIA. No torneio principal, paiN Gaming x VORAX. Há muito em jogo, e será o desfecho de mais um período de desafios vencidos pela publisher, em meio à pandemia do coronavírus.

Ciente das dificuldades impostas pelo difícil momento vivido pela humanidade e, especialmente, pelo Brasil, a empresa realizou o split inteiro online. Apesar da falta da experiência presencial, não faltou conteúdo: a Riot se reinventou, deu uma bela repaginada nas transmissões e fez com que o CBLOL virasse, de fato, um produto não só semanal, mas diário - por meio de uma cobertura intensa e capaz de "cercar" quem é fã do game.

O sistema de parcerias a longo prazo, com o que se chama popularmente de "franquias", fez com que o campeonato ganhasse maior estabilidade para trabalhar a imagem de suas organizações. E logo no primeiro split sob essa regra, um prato cheio: a tradição da paiN, dona de títulos em 2013 e 2015, contra a inovação da VORAX, equipe recém-formada pela união de Prodigy e Falkol. Uma oposição agregadora e simbólica.

Temos Felipe "brTT", que chega à sua nona final do campeonato, buscando o sexto título, contra alguns estreantes em decisões - como a revelação Francisco "fNb", grande promessa da rota do topo defendendo a VORAX. A final é uma espécie de metáfora: o CBLOL valoriza e muito a sua história, mas está aberto a escrever novos capítulos e olhar para o futuro mirando patamares ainda maiores do que os já atingidos.

No caso do Academy, jogado às terças e quartas ao longo do split e agora decidido no sábado, observamos uma valorização da criação de novos talentos e heróis do futuro para a publisher. A Riot sabe o quanto é importante olhar para os dias que estão por vir e provar para as equipes que vale a pena pensar a longo prazo. Esse é o conceito da competição com as franquias. E, não à toa, é permitida a transição entre os dois torneios.

Independentemente do que venha a seguir, com o campeão do CBLOL representando o país no Mid-Season Invitational, a principal competição internacional deste primeiro semestre, sabemos que o torneio nacional tem sua força própria, um público fidelizado e que, acima de tudo, não se acomoda. Os fortes números de espectadores, engajamento e o trabalho em torno da imagem do campeonato provam uma unidade proposta pela Riot.

O dever de uma publisher interessada em esporte eletrônico é zelar ao máximo pelo seu competitivo e falar a língua da comunidade a todo instante. O CBLOL, hoje, fala a língua de quem o assiste. Aceita feedbacks e conversa com o fã que tem nele um estilo de vida. Goste você ou não do game, temos neste fim de semana um prato cheio de esports no Brasil - que vale ser acompanhado em cada detalhe.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL